Casos de violência crescem em meio à incitação ao ódio

Com a incitação ao ódio de Bolsonaro e seus apoiadores, os casos de violência, ameaças e intolerância têm aumentado no Brasil.

Na segunda, dia 29, após o resultado das eleições, estudantes da FEA-USP, a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo, entraram armados, vestidos com roupas militares e camisetas do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciaram a chegada de uma “nova era” e fizeram ameaças às petistas.

“A foto faz parte de uma onda de extremismo e práticas violentas por todo país. Só em nossa Universidade, observamos também suásticas sendo pintadas na porta de residências estudantis e apologia à violência dentro dos campi”, diz a nota do Centro Acadêmico.

“Devemos nos colocar por um país onde a manifestação política e o engajamento seja livre, e não motivo de ameaça e medo. Devemos nos posicionar contra qualquer manifestação de cunho fascista que ponha em risco as liberdades democráticas”, prossegue a nota. 

A apresentadora Rita Batista, dos programas de TV de Fernando Haddad no segundo turno da campanha para presidente da República, sofreu ataques e racismo por simpatizantes de Bolsonaro.

A jornalista e publicitária denunciou nas redes as ofensas sofridas em comentários públicos e mensagens privadas. Também entregou o material às autoridades policiais.  “Discordar, debater, ter opinião contrária é da democracia, ofender, destratar, depreciar é para mim, falta de argumento e para a lei, crime”, postou. 

Mapeamento feito pelo pesquisador e jornalista Haroldo Ceravolo mostrou mais de 50 casos de violência cometidos por defensores de Bolsonaro desde o início de outubro.