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Em 1995, a cegonha do Sem Peças o Brasil Não Anda denuncia desemprego com a importação.
Foto: Arquivo / SMABC

Não é novidade para os metalúrgicos defender o emprego e mudanças na economia por meio de lutas que envolvem mobilização, ação política e diálogo com diferentes setores.

Uma das principais foi a Câmara Setorial Automotiva, que reuniu trabalhadores, governos e empresários – como o Sindicato quer juntar de novo.

O acordo da Câmara reduziu os preços dos automóveis através da queda de impostos e menor margem de lucro das montadoras. Como resultado, a venda de veículos saltou de 29 mil em março de 1992 para 71 mil um mês depois.

Além de garantir a manutenção do nível de emprego e aumentar os salários, o acordo também mostrou que o caminho para a recuperação está no crescimento econômico e na capacidade de os trabalhadores interferirem nas decisões.

Em junho de 1995, contudo, o governo FHC extinguiu a política salarial da Câmara Setorial e aumentou a abertura do mercado à importação de autopeças. Várias empresas quebraram e o desemprego chegou a 12 mil metalúrgicos só no setor de autopeças do ABC.

O Sindicato se mobilizou novamente e convocou a manifestação Sem peças o Brasil não Anda no dia 2 de agosto, em São Paulo, para defender o emprego e a produção nacional das autopeças.

Aproximadamente, 10 mil metalúrgicos participaram e logo depois foram retomadas as discussões da Câmara Setorial.

Apesar do esforço e da oposição dos trabalhadores, a política recessiva e antinacional do governo FHC continuava a colocar em risco os empregos no setor automotivo.

Contra essa ameaça, em novembro de 1998 a categoria realizou a Maratona do Emprego, com 42 assembleias simultâneas, 50 plenárias regionais com a população e um grande debate na Sede.

Recentemente, os metalúrgicos do ABC promoveram mais duas iniciativas em defesa do emprego e da produção. Em março de 2009 houve o seminário ABC do Diálogo e do Desenvolvimento, para discutir alternativas à crise econômica mundial.

Já em maio deste ano, juntamente com o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, a CUT a Força Sindical e a Fiesp, ocorreu o seminário que resultou na manifestação de hoje e preparou o ambiente de negociação com o governo das propostas definidas no encontro.

SAIBA MAIS: Metalúrgicos do ABC e de S.Paulo se unirão em ato nesta sexta-feira

Da Redação