Categoria mobilizada por um bom acordo!
Assembleia será na terça-feira, dia 20, na Regional Diadema
Paralisação na Toledo, em São Bernardo. Foto: Rossana Lana / SMABC
Os atos de protesto realizados pela categoria esquentaram o clima para a assembleia de terça-feira (20), às 18h, na Regional Diadema, que vai definir os encaminhamentos da Campanha Salarial 2011.
Em todos os dias da semana passada ocorreram paradas de produção e manifestações nos horários de entrada dos turnos.
Nesta sexta-feira (16) não foi diferente. Logo pela manhã, em São Bernardo, os trabalhadores na Toledo pararam por três horas, enquanto os companheiros na Thyssen fizeram ato de uma hora. À tarde, a parada foi do pessoal na Sogefi.
“Se não tiver acordo o quero-quero vai piar”, avisou o diretor do Sindicato Carlos Alberto Gonçalves, o Krica. Quero-quero é um pássaro que vive no campo e faz uma gritaria danada quando ameaçado.
Em Diadema, os trabalhadores saíram em passeata até a SMS e fizeram ato conjunto durante duas horas. Segundo David de Carvalho, coordenador da Regional Diadema, o clima entre os trabalhadores é muito bom, o que garante ótima participação na assembleia de terça. “Caso as propostas não apareçam, a única alternativa será o início de greve já na quarta feira”, comentou.
A companheirada também está mobilizada em Ribeirão Pires. Ainda na sexta-feira houve ato conjunto com os trabalhadores na Mardel, Faparmas e Ugimag.
“A reivindicação é por um acordo semelhante ao das montadoras, e disso o pessoal não abre mão”, disse Helio Honorato, o Helinho, coordenador da cidade.
Por unanimidade, os trabalhadores decidiram entrar em greve na quarta-feira caso não haja uma boa proposta.
Patrões receberam aviso de greve
As propostas feitas pelos grupos patronais foram rejeitadas na mesa de negociação por não atenderem às expectativas dos trabalhadores.
Como os patrões não melhoraram a proposta, os representantes dos trabalhadores já entregaram os avisos de greve.
“As bancadas patronais sabem o que os metalúrgicos querem. Vamos ver se tem proposta”, afirmou Valmir Marques, o Biro-Biro, presidente da Federação dos Metalúrgicos da CUT.
Porque estamos lutando
Índices propostos pelos grupos e nossa posição
Fundição – 9% REJEITADO
Grupo 2 – 8,5% (máquinas e eletrônicos) REJEITADO
Grupo 3 – 8,9% (autopeças, forjaria, parafusos) REJEITADO
Grupo 8 – 8,5% para empresas com até 50 trabalhadores e 9,5% acima de 50 (indústria de metais ferrosos, metais não ferrosos, balanças, condutores elétricos e trefilação, esquadrias metálicas, refrigeração e tratamento de ar, equipamentos rodoviários e ferroviários, tratamento e laminação de metais) REJEITADO
Grupo 10 – 8,47% para empresas com até 35 trabalhadores e 9,55% acima de 35 (reparação de veículos, fábricas de equipamentos médicos, odontológicos e hospitalares, estamparias, fábricas de móveis metálicos, lâmpadas e aparelhos elétricos, mecânicas, tratamento de superfícies, fábricas de material bélico, e fábricas de rolhas metálicas) REJEITADO
Montadoras – 10% (5% de aumento real para 2011 e 2012). Ampliação da licença maternidade para 180 dias e da licença para mãe adotante. APROVADO
*Atualizado em 19/9
Da Redação