Categoria química do ABC aprova contraproposta patronal
Os trabalhadores e trabalhadoras presentes à assembleia do dia 9 de novembro aprovaram a contraproposta patronal e autorizaram a direção do Sindicato dos Químicos do ABC a assinar a Convenção Coletiva 2012-2014.
Com a decisão, os salários serão reajustados em 7,8%, o que significa conquista de1,71% de aumento real já que o índice da inflação medido pelo INPC/IBGE, divulgado em 7/11, foi de 5,9%. O Piso Salarial e a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) tiveram reajustes diferenciados e vinculados ao número de trabalhadores na empresa.
Nas cláusulas sociais, a principal conquista foi o reconhecimento da união estável de pessoas do mesmo sexo.
Confira os índices aprovados:
Salários: 7,8% de reajuste até o teto de R$ 7.375,25. Após este valor, aumento fixo de R$ 575,27.
Piso salarial: R$ 1.073,60 nas empresas com mais de 50 trabalhadores (reajuste de 9,55%) e R$ 1.056,44 nas empresas com até 50 trabalhadores (reajuste de 7,8%)
PLR mínima: R$ 830,00 nas empresas com mais de 50 trabalhadores (reajuste de 13,7%) e R$ 787,00 nas empresas com até 50 trabalhadores (7,8%)
“Aumento real está no bolso. Para mais conquistas, mais luta!”
Após três rodadas de negociação com muitas negativas por parte das empresas, as mobilizações e pressões nas fábricas resultaram numa contraproposta patronal, apresentada na negociação do dia 31/10, com aumento real nos salários.
Para Raimundo Suzart, coordenador da Federação dos Trabalhadores no Ramo Químicos da CUT no Estado de São Paulo (Fetquim) e diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, esta campanha foi mais difícil que as anteriores. “Logo de início, queriam a retirada de direitos, só o reajuste da inflação nos salários e recusavam todas as reivindicações novas”, conta.
Para ele, o que fez a diferença foi a mobilização no local de trabalho. “A categoria reagiu, em algumas fábricas os trabalhadores fizeram paralisação, como todas as unidades da AkzoNobel, e em outras atrasaram a entrada do turno para realização de assembleias. E isso resultou na contraproposta com aumento real”, comenta Raimundo.
A assembleia aprovou a contraproposta, mas para o Sindicato dos Químicos do ABC, a luta não terminou. “A mobilização agora é empresa por empresa na busca do atendimento das reivindicações específicas”, afirma o dirigente.
Da CUT