Categoria reforça laço com o Sindicato em assembleia eleitoral

(Foto: Edu Guimarães)

Com o auditório lota­do, cerca de dois mil metalúrgicos do ABC aprovaram por unanimidade o início do processo eleito­ral do Sindicato na manhã de domingo, dia 29. Foram aprovados o calendário, a Comissão Eleitoral e a relação de empresas com Comitês Sindicais.

Serão 83 empresas da base com 235 representantes dos CSEs e o Comitê Sindical dos Aposentados, o CSA, com cinco membros. (Confira o edital na página 4).

“É uma assembleia repre­sentativa em um ano que vai ser de muita resistência, luta e dedicação por parte dos traba­lhadores brasileiros”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.

(Foto: Edu Guimarães)

“Não tenho dúvidas que o iní­cio do processo de renovação da Diretoria com esse vigor e com essa presença dos com­panheiros reforça os laços de solidariedade, compromisso e unidade desta categoria es­pecial que são os metalúrgicos do ABC”, destacou.

O vice-presidente, Aroaldo Oliveira da Silva, fez a exposi­ção do calendário, apresentou a Comissão Eleitoral e as em­presas com Comitês Sindicais de Empresa e a quantidade de representantes por fábrica, conforme prevê o Estatuto.

NOVO SINDICALISMO

(Fotos: Edu Guimarães)

Rafael criticou a matéria publicada no domingo de um jornal comercial sobre a modernização dos sindicatos do Brasil. “A reportagem não ouviu nenhum diretor daqui, nenhum metalúrgico nas fá­bricas, ninguém da Federação ou da Confederação dos me­talúrgicos”, contou.

“A mídia está tentando formar a opinião pública ouvindo a Fiesp, a Confederação da In­dústria e dos banqueiros para decidir o que é o novo sindica­lismo”, disse. “Quem tem que decidir o que é o novo sindi­calismo são os trabalhadores, são os que lutam por direitos”, prosseguiu.

O presidente destacou a importância da casa cheia em uma assembleia realizada em um domingo. “A presença de quase duas mil pessoas é o novo sindicalismo. É a garra, a luta e a solidariedade desta categoria”, defendeu.

“Este Sindicato nunca vai faltar com seus compromissos básicos de renovar sempre a sua Diretoria. É com a reno­vação que esta casa continuará a ser forte, digna e represen­tativa como tem que ser”, ressaltou.

A secretária de Formação da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, Michelle Marques, tam­bém parabenizou a participa­ção dos companheiros com destaque para as mulheres, que tem dupla ou tripla jornada.

“O dever do trabalhador é estar aqui. O Sindicato é cada um de vocês”, afirmou. “Os Metalúrgicos do ABC são respeitados no Brasil e fora dele porque os trabalhadores estão unidos”, disse.

PREVIDÊNCIA

No início da asse mbleia, o presidente da CNM-CUT, Paulo Cayres, o Paulão, apre­sentou as peças da campanha nacional contra a reforma da Previdência. “Temos que fazer a antítese da propaganda men­tirosa de que a Previdência está quebrada. É uma campanha lançada pelos metalúrgicos, mas é para todos os trabalha­dores do Brasil”, ressaltou.

 

 

“Metalúrgicos so ABC não abrem mão da democracia”

Os cinco integrantes da Comissão Eleito­ral, que serão responsáveis por organizar o processo de eleição, foram aprovados durante a assembleia. O presidente da Comissão, Adi dos Santos Lima, falou sobre a importância da participação da categoria.

“Os Metalúrgicos do ABC têm um dos mais amplos e democráticos estatutos do País no movimento sindical. A Comissão Eleitoral tem o papel de fazer cumprir o Estatuto do Sindicato”, explicou.

Adi comentou o cenário em que a eleição se dará. “Os trabalhadores vão eleger democrati­camente a Diretoria enquanto um presidente da República sem nenhum voto conduz o País para retirar direitos, com as reformas da Previdência e trabalhista”, afirmou.

“O recado que damos é que os metalúrgicos do ABC não abrem mão da democracia e não aceitaremos qualquer redução daquilo que conquistamos com muita luta”, concluiu.

 

Da Redação