Cenário pós-pandemia trará mudanças radicais na indústria automotiva, diz pesquisa

Segundo a Pesquisa Mobilidade 2021, as montadoras passarão a gerar mais receitas com a prestação de serviços e menos com a venda de veículos na próxima década

O cenário pós-pandemia vai mudar radicalmente o modelo de negócios da indústria automotiva. É o que revela a Pesquisa Mobilidade 2021, conduzida por KPMG, SAE Brasil e AutoData. O modelo baseado em produzir e vender veículos vai perder espaço: as montadoras passarão a gerar mais receitas com a prestação de serviços e menos com a venda de veículos na próxima década.

O número de concessionárias também irá diminuir, como já se observa no momento atual, e as novas tecnologias serão ainda mais necessárias. Carros elétricos e veículos por assinatura, que hoje ainda não fazem parte do cotidiano do brasileiro, devem chegar para ficar. Os impactos da crise econômica decorrente da pandemia no setor são responsáveis pelas mudanças.

Em 2020, houve o fechamento de mais de 95% das plantas industriais automotivas no primeiro pico da pandemia. Concessionárias viram a queda do movimento, e o consumidor passou a rejeitar alternativas de mobilidade compartilhada, como bicicletas e patinetes elétricos. De um lado, muitos voltaram a priorizar a compra de um carro próprio, gerando um boom na venda de veículos usados e seminovos.

Indústria e consumidores têm uma visão comum no que diz respeito à mobilidade sustentável: ambos apontaram que um cenário ideal teria veículos com emissão zero de carbono fabricados e abastecidos a partir de fontes renováveis. Esse quadro representa um anseio dos consumidores – particularmente dos mais jovens – que vem sendo percebido e absorvido pela indústria.

Do CIMM