Centrais cobram medidas contra a rotatividade

Durante encontro em São Paulo, a CUT e as demais centrais sindicais apresentaram a representantes dos Ministérios do Traba­lho e da Fazenda um estudo para proteger o emprego, diminuir a rotatividade de mão de obra e recompor as receitas do Fundo do Amparo ao Trabalha­dor (FAT).

Conforme lem­brou o presidente da CUT Vagner Freitas, um estudo das cen­trais indicou a saída de receitas do FAT em valor aproximado a R$ 78,7 bilhões nos últimos dez anos. “Ou­tros R$ 51,7 bilhões deixaram de ingressar no fundo devido às isenções e desonera­ções”, disse.

Responsabilidade

Para as Centrais, os problemas de déficit no setor não serão re­solvidos com o corte o seguro-desemprego e a restrição a seu acesso, mas realizando investimentos para melhorar a empregabilidade.

“Cerca de 20% do valor destinado ao FAT é retido imediatamente por lei e as empresas que deixam de con­tribuir, como as que aderem ao Super Sim­ples, são responsáveis por mais de um terço dos trabalhadores que utilizam o seguro-de­semprego”, afirmou Vagner.

 Projeto quer punição para quem demite mais

 Para as Centrais, o cresci­mento dos gastos com o seguro­-desemprego decorre da alta rotatividade no mercado de tra­balho. Por isso, suas propostas estão associadas a uma reorgani­zação no sistema de intermedia­ção, que permite perceber onde a rotatividade é mais alta.

“Empresas que demitem mais do que a média do setor, pagariam uma contribuição adicional ao FAT, entre outras mudanças na legislação”, expli­cou o presidente da CUT.

Nova reunião

O aumento expressivo do número de beneficiários do seguro-desemprego e os prejuízos do FAT são preocu­pação dos dois lados, governo e centrais.

No início da semana pas­sada, o assunto também foi o centro da conversa entre as Centrais e o ministro da Fa­zenda, Guido Mantega.

Nova reunião foi agenda­da para dia 18.

Da Redação