Centrais definem dias de luta pelas 40 horas

Os metalúrgicos farão ato dia 25 de abril, na Praça da Sé. Dia 28 de maio tem manifestações em todo o País

As centrais sindicais
decidiram realizar mobilizações
e paralisações no
próximo dia 28 de maio
pressionando o Congresso
para a aprovação do projeto
que reduz a jornada para
40 horas semanais e pela
ratificação da convenção
151, que institui o direito
de negociação coletiva aos
servidores públicos, e da
convenção 158, que proíbe
a demissão imotivada.

“Vamos organizar paralisações
de uma hora, atraso
na entrada dos turnos, mobilizações
na porta de fábrica
e panfletagem”, disse o
presidente da CUT, Artur
Henrique.

O objetivo, segundo
ele, é chamar a atenção da
sociedade e pressionar o
Congresso pela agenda da
classe trabalhadora.

“As 40 horas semanais
e as convenções 151 e 158
são importantes passos para
garantir melhores condições
de vida e trabalho, combatendo
a precarização”, lembrou
Artur Henrique.

Manifesto divulgado
pelas centrais sindicais afirma
que a luta pela redução
da jornada se torna mais
efetiva nos momentos de
crescimento da economia e
do salário, quando as empresas
prosperam.

“Ela será uma importante
medida para a geração
e distribuição democrática
da renda e para o desenvolvimento
do País”, lembra o
manifesto.

Por isso, o lema do 28
de maio, classificado como
o Dia Nacional de Lutas
e Mobilizações, é A hora é
agora; reduzir a jornada é gerar
emprego
.

Durante o ato, os sindicalistas
pediram ações mais
contundentes do movimento
sindical contra as terceirizações,
que significam a
precarização do salário, do
trabalho e da dignidade.

Eles também condenaram
uma possível elevação
das taxas de juros como
vem sinalizando o Banco
Central.

“Um aumento da taxa
de juros no Brasil serviria
apenas para inundar o País
de capital especulativo e diminuir
a atividade econômica,
com impactos negativos
no salário e no emprego”,
avisou Artur.

Ato em São Paulo também no 25 de abril

Já no dia 25 deste mês os metalúrgicos
vão dar o ponta-pé inicial pelas 40 horas semanais
com a realização de manifestações e
paralisações envolvendo cerca de 2 milhões
de trabalhadores.
Esses atos vão acontecer em todo o
País, nas cidades onde as confederações
nacionais dos metalúrgicos da CUT e da
Força Sindical têm representação.
Nesse dia, os metalúrgicos de São Paulo
e do ABC fazem passeata nas ruas centrais
da capital e se encontram na Praça da
Sé para uma grande manifestação pública a
partir das 11h30.