Centrais preparam protestos pelo País

Sindicalistas durante coletiva de imprensa sobre o Dia Nacional de Luta Por Emprego e Por Direito

Em entrevista coletiva on­tem, dia 26, a CUT e demais centrais sindicais (CSB, CTB, Força Sindical, Nova Central e UGT) divulgaram detalhes das manifestações que serão reali­zadas em várias capitais contra a perda de direitos e em defesa do emprego, sendo a principal em São Paulo, amanhã.

Também haverá mobilização no ABC, com concentração em São Bernardo, a partir das 7h30.

Mais do que as mudanças já anunciadas, os sindicalistas querem alteração de rumos da política econômica do governo federal.

“Queremos resgatar o com­promisso de campanha da presidenta Dilma, que nos afirmou que nenhum ajuste seria feito, seja em cima dos direitos dos trabalhadores ou dos direitos sociais”, afirmou Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.

Para os sindicalistas os anún­cios feitos pelo Executivo não vão atingir apenas os trabalha­dores. Segundo Sérgio Nobre, as medidas, além de empurrar o País para a crise, embutem várias ameaças.

“Nosso movimento é em defesa do emprego e dos di­reitos sociais. Tudo aquilo que conquistamos em 12 anos pode se perder com a crise”, observou.

As duas medidas provisó­rias (664 e 665), que dificultam o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários, estão sendo analisadas por grupos técnicos do governo federal e das centrais.

A primeira reunião ocorreu na última sexta-feira, dia 23, e a próxima tem data marca­da para o dia 3 de fevereiro, quando dirigentes das centrais voltarão a se reunir com os ministros Miguel Rossetto, da Secretaria Geral da Presidência da República; Nelson Barbo­sa, do Planejamento; Carlos Gabas, da Previdência Social; e Manoel Dias, do Trabalho e Emprego.

A manifestação desta quar­ta também será uma chamada à Marcha da Classe Trabalhadora, que será realizada em 26 de fevereiro, onde as centrais reapresentarão a pauta de reivindicação para o governo federal, os estaduais e o em­presariado.

Da Redação