Centrais querem fim das práticas anti-sindicais

As seis centrais sindicais, em parceria com o Dieese, realizaram atividade no Fórum Social Mundial para denunciar as práticas anti-sindicais que ocorrem no País e fortalecer a unidade dos trabalhadores para enfrentar o problema.

O secretário geral da CUT, Quintino Severo, criticou a ausência de representantes do Poder Judiciário no encontro.

“Além da lentidão da Justiça para julgar questões que afetam os trabalhadores, ela impede avanços nas nossas conquistas, caso do interdito proibitório, que desde a década de 90 vem sendo usado indevidamente pelas empresas para inviabilizar greves e os próprios sindicatos”, denunciou.

Liberdade
Ele fez cobranças ao Ministério Público, que deveria fiscalizar os abusos das empresas. “Somos o tempo todo criminalizados e penalizados com impedimentos para representarmos os trabalhadores”, comentou.

Quintino lembrou ainda que os patrões obrigam trabalhadores a se desfiliarem, promovem assassinatos de sindicalistas e estimulam a informalidade e a rotatividade como forma de precarizar as relações de trabalho.

O secretário geral da CUT pediu a aprovação, pelo Congresso Nacional, da Convenção 87 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que trata da liberdade sindical e da proteção do direito sindical.

Ela tem mais de 60 anos e ainda não foi ratificada no Brasil.