Centrais retomam negociações sobre a emenda 3

Depois de mais um dia de manifestações em todo o País, as centrais sindicais voltaram a se encontrar ontem com o ministro da Fazenda, Guido Mantega.

O presidente da CUT,
Artur Henrique, e representantes
de outras seis centrais
sindicais se reuniram ontem
com o ministro da Fazenda,
Guido Mantega, para prosseguir
as negociações em torno
da emenda 3.

Até o fechamento desta
edição, a reunião estava em
andamento e Artur concedeu
a seguinte entrevista à Tribuna
Metalúrgica.

Como as manifestações
dos dias 10 e 23 vão influenciaram
o resultado das negociações?

A capacidade dos trabalhadores
em promover duas
grandes manifestações em pouco
mais de dez dias mostra que
não queremos a emenda 3. O
povo na rua faz a diferença e
garantiu as negociações.

Como serão as negociações
com o governo?

No encontro, destacamos
dois aspectos. O primeiro
é que a emenda 3 invialibiliza
a fiscalização do Trabalho,
Previdência e Receita, e isso
não aceitamos. Também não
vamos admitir que o trabalhador
seja demitido e pressionado
a se tornar uma Pessoa
Jurídica (PJ), que é a empresa
de uma pessoa só, para trabalhar
sem carteira assinada.
Isso é fraude!

As mobilizações vão
continuar?

O Congresso assumiu
compromisso de esperar o resultado
das negociações antes
de analisar o veto. Mesmo assim,
as mobilizações vão continuar.
Os trabalhadores devem
ficar preparados para
novas demonstrações de pressão,
saindo às ruas e parando
a produção.