Centrais reúnem 50 mil em Brasília

Trabalhadores ligados à CUT e a outras cinco centrais sindicais ocuparam a Esplanada dos Ministérios por três horas para apresentar uma pauta de reivindicações ao governo central


Militantes cutistas em Brasília. Foto: Paula Brandão / SECOM CUT

Cerca de 50 mil trabalhadores da CUT, CTB, UGT, NCST, Força Sindical e CGTB, além de representantes de diversos movimentos sociais, ocuparam nesta quarta-feira (6) toda a extensão da Esplanada dos Ministérios, na Capital Federal, e caminharam por mais de três horas durante 7ª Marcha a Brasília.

Em seus discursos, os presidentes das seis centrais reforçaram a necessidade de unidade na ação. “Todas as nossas conquistas ocorreram quando construímos a unidade”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.  O presidente do Sindicato, Rafael Marques, também insistiu neste ponto.

No início da tarde, quando terminou a Marcha, os presidentes das seis centrais sindicais se reuniram com o presidente do Senado, Renan Calheiros, para pressionar a votação da chamada pauta trabalhista (confira os itens abaixo).

Em seguida, presidentes de cinco centrais tiveram uma audiência com presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa. A CUT não participou deste encontro.

Os trabalhadores também fizeram uma vigília em frente à Embaixada da Venezuela, em homenagem ao ex-presidente Hugo Chávez. O venezuelano foi saudado pelos manifestantes como “grande defensor das causas trabalhistas”.

Participante da marcha, a secretária da Mulher da CUT, Rosane Silva mencionou o acampamento montado na cidade em defesa do trabalho no campo.

“O poder de Brasília vai ter que conviver com a força e a luta dos camponeses, de maneira permanente, até que avancemos na pauta concreta dos trabalhadores”, afirmou a dirigente.

“Marchas conquistam suas reivindicações”, diz Rafael
“Onde tem luta, os Metalúrgicos do ABC estão presentes”. Esta foi a saudação do presidente do Sindicato, Rafael Marques, à delegação da categoria que esteve nesta quarta na 7ª Marcha a Brasília.

Ele lembrou que os metalúrgicos do ABC participaram de todas as edições da Marcha com reivindicações diferentes e, o mais importante, os principais temas apresentados foram conquistados.

“Exigimos o desconto do Imposto de Renda na PLR e conseguimos; a política de valorização do salário mínimo é proposta nossa e também foi atendida”, destacou Rafael.

“Os temas se renovam e nossa luta transforma em realidade as necessidades dos trabalhadores”, prosseguiu. “Espero que desta vez a história se repita e o governo federal abra negociações sobre nossos problemas atuais”, frisou o presidente do Sindicato.

Rafael destacou também a importância dos presidentes das centrais serem recebidos em audiência pela presidenta da República, Dilma Rousseff.

“Ao contrário do que acontece agora, na época dos governos neoliberais e conservadores os trabalhadores não eram convidados a entrar no Palácio do Planalto”, disse. “Basta lembrar a Marcha dos 100 mil, quando fomos recebidos pela polícia por ordem de FHC”, finalizou.

Da Redação