Centrais sindicais convocam ato dia 16 em defesa dos empregos
(Foto: Adonis Guerra)
A CUT e as demais centrais sindicais organizam em conjunto o Dia Nacional de Mobilização e Luta pelo Emprego e pela Garantia de Direitos na próxima terça, dia 16, às 10h. Em São Paulo, o ato será em frente à Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, a Fiesp, na Av. Paulista.
“Somente com a unidade total do movimento sindical vamos enfrentar os ataques do governo interino e de setores do empresariado que querem diminuir direitos com reforma da previdência e trabalhista”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.
“O ato do dia 16 vai mostrar a primeira ação dos trabalhadores do Brasil de que temos capacidade de resistir e vencer. Eles podem tentar nos sufocar, mas não iremos permitir”, prosseguiu.
A mobilização conjunta das centrais sindicais foi definida durante a Assembleia Nacional dos Trabalhadores pelo Emprego e Garantia de Direitos no dia 26 de julho, em São Paulo. Na ocasião, foi aprovado o documento unificado contra o desemprego, a redução de salários e o desmonte das políticas de inclusão social.
“Os ataques contra a classe trabalhadora vêm de quem defende o empobrecimento daqueles que já são pobres, mas nunca o empobrecimento de quem está no topo da pirâmide, esses nunca perdem”, explicou.
Rafael destacou que a receita de arrocho foi usada em vários países e não resolveu. “É com hipocrisia e cinismo que propõem isso no Brasil de querer superar a crise com os ricos ficando mais ricos e os pobres mais pobres. Nós já conhecemos a história e não vamos entrar nessa”, alertou.
“Por isso, essa luta é importante e a participação de todos é fundamental para mostrar a força da classe trabalhadora brasileira”, convocou.
O presidente da Federação Estadual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, Luiz Carlos da Silva Dias, o Luizão, ressaltou a unificação das categorias em campanha salarial no segundo semestre do ano.
“O golpe é contra os trabalhadores em formato do ‘pato de Tróia’ no maior ataque já sofrido por nós”, disse.
O dirigente destacou que os patrões e o governo interino defendem a terceirização indiscriminada, precarização, idade mínima para aposentadoria e retirada de direitos conquistados pela luta dos trabalhadores. “Os ataques estão vindo de maneira mais ousada e é preciso resistência e muita unidade para assegurar os direitos”, concluiu.
A Campanha Salarial 2016 dos metalúrgicos na base da FEM-CUT tem como tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”. A pauta tem cinco itens principais: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; reposição integral da inflação mais aumento real; valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.
Da Redação