Centrais sindicais e movimento sociais promovem atos hoje em todo país por auxílio de R$ 600

Ato nacional, em Brasília, será transmitido pelas redes sociais. Protesto defenderá também a vacina para todos

Hoje será dia de atos em todo o país em defesa do auxílio emergencial de R$ 600, contra a fome e a carestia. O ato nacional será realizado na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, a partir das 10h, com transmissão pelas redes sociais das entidades. Nos estados, serão realizados atos nas capitais e grandes cidades. 

O ato #600ContraFome realizado pela CUT, demais centrais, o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), a Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares) e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo é também por vacina para todos.

Apesar de presencial, a manifestação seguirá todos os protocolos sanitários para evitar contágio e propagação do coronavírus, em respeito à vida, à ciência e às famílias de quase meio milhão de pessoas que morreram de Covid-19 em consequência do negacionismo e incompetência do governo federal.

Foto: Divulgação

“A prioridade, neste momento de pandemia, é garantir vacina no braço e comida no prato da população e, para isso, temos de pressionar cada vez mais os parlamentares no Congresso Nacional e nos estados”, destacou o presidente da CUT, Sérgio Nobre.

“O povo está passando fome, o custo de vida aumentou, os preços dos alimentos e do gás subiram e o auxílio emergencial foi reduzido. Uma grande tragédia”, reforçou.

Agenda das Centrais

O ato também marcará o lançamento e a entrega a lideranças partidárias no Congresso Nacional da primeira Agenda Legislativa das Centrais Sindicais para a Classe Trabalhadora.

Os sindicalistas solicitaram audiência com os presidentes Arthur Lira (Câmara dos Deputados) e Rodrigo Pacheco (Senado) para entregar o documento.

Elaborada em conjunto com o DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), a Agenda traz o posicionamento e faz propostas do movimento sindical a 23 projetos em tramitação na Câmara dos Deputados e no Senado.

Ação solidária

Ao final do ato, serão doados alimentos, cultivados sem agrotóxicos, pela agricultura familiar em áreas da Contag e assentamentos do MST.

Serão mais de 600 cestas com, ao mínimo, 16 itens colhidos na véspera do ato e transportados em quatro caminhões até a frente do Congresso Nacional, onde serão expostos simbolicamente no gramado. Serão doados a catadores de material reciclável da CENTCOOP, cooperativa no Distrito Federal.

30 milhões sem auxílio

Em 2020, por pressão da oposição, o auxílio emergencial foi de R$ 600, chegando a R$ 1,2 mil para mães chefes de família com filhos menores de 18 anos. Neste ano, por decisão do governo Bolsonaro, esse valor vai de R$ 150 a R$ 375, no máximo.

No ano passado, 68 milhões de brasileiros tinham direito ao auxílio. Neste ano, esse número, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), baixou para 38,6 milhões de beneficiados. Em consequência, quase 30 milhões passaram a viver em insegurança alimentar.

Para Sérgio Nobre, reduzir o auxílio emergencial de R$ 600 é um crime. “Mas um crime ainda maior é o governo Bolsonaro ter reduzido o número de pessoas que podem receber esse auxílio, hoje indispensável para evitar que ainda mais brasileiros passem fome e que o país enfrente uma convulsão social”, concluiu.

Com informações da CUT