Centrais Sindicais fazem defesa conjunta dos empregos e direitos dos trabalhadores

Foto: Roberto Parizotti

A CUT e as demais centrais sindicais apro­varam ontem, durante a Assembleia Na­cional dos Trabalhadores pelo Emprego e Garantia de Direitos, o documento unificado contra o desemprego, a redução de salários e o desmonte das políticas de inclusão social. A as­sembleia foi no Espaço Hakka, em São Paulo, em uma mobilização conjunta das centrais.

“Vivemos um momento grave no Brasil em que o governo interino testa os trabalhadores por meio de muito vazamento de informação na imprensa do que pretende fazer. Essa união das centrais é importante para construir a resistência contra os ataques aos trabalhadores”, afirmou o presidente do Sindicato, Rafael Marques.

“Os Metalúrgicos do ABC vão fortalecer esse movimento e deixar claro que se mexer nos direitos dos trabalhadores, haverá resistência”, defendeu.

As centrais sindicais anunciaram que o pró­ximo ato será no dia 16 de agosto. “É preciso muita unidade para fazer uma contraofensiva dos trabalhadores em relação aos ataques do governo interino”, reforçou Rafael.

O presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, explicou que a unificação é pela não retirada de direitos. “Preocupam as propostas de reforma da Previdência, aumento da idade mínima e igualar a idade para aposentadoria de homens e mulheres. Preocupa também desvincular a aposentadoria do salário mínimo, que seria uma tragédia para milhares de pessoas”, afirmou.

O dirigente também defendeu que é preciso uma agenda de desenvolvimento para o País, e não de arrocho. “Quem tira o Brasil da crise é o investimento na produção, no mercado interno, crédito para subsidiar setores que criam emprego, formalização dos nossos trabalhadores. Quer me­lhorar previdência? Basta cobrar dívida de quem sonega”, destacou.

“Se mexer em nossos direitos, temos obrigação de dar resposta. Podemos ter divergência, mas nosso inimigo é o patrão”, prosseguiu.

No documento unificado, as centrais defen­dem medidas como a redução da taxa de juros, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a retomada dos investimentos em infraestrutura, energia e construção, além do fortalecimento do mercado interno para ampliar os níveis de produção, consumo, emprego, renda e inclusão social, entre outros.

CAMPANHA SALARIAL 2016

Amanhã será realizado o ato unificado de Campanha Salarial, no ABC. Todos os trabalhadores estão convocados, às 7h30, na Av. Pirâmide, 661, El­dorado, em Diadema, na SMS.

Na assembleia, será apresentado o manifesto da CUT das categorias em campanha salarial no segundo semestre do ano contra as ameaças de retirada de direitos da classe trabalhadora. Confira o documento na íntegra na Tribuna de amanhã.

A Campanha Salarial 2016 dos trabalhadores na base da Federação Esta­dual dos Metalúrgicos da CUT, a FEM-CUT, tem como tema “Sem pato, sem golpe, por mais empregos e direitos”. A pauta tem cinco itens principais: não à terceirização e à perda de direitos; estabilidade e geração de empregos; repo­sição integral da inflação mais aumento real, valorização dos pisos e jornada semanal de 40 horas.

Da Redação.