Centrais sindicais gregas prometem dois dias de greve geral em protesto a medidas do governo
A Grécia enfrenta hoje (10) o primeiro dia de greve geral em protesto contra as medidas de austeridade que o governo de Atenas aprovou para garantir um novo pacote de resgate da economia. A paralisação, que deve durar até amanhã (11), conta com o apoio dos principais sindicatos de setores público e privado.
Ilias Iliopoulos, secretário-geral de uma das maiores centrais sindicais gregas, a Adedy, indicou ontem (9) que os sindicatos vão organizar novas manifestações no centro de Atenas, nos dois dias de greve e também no próximo domingo (12), quando o Parlamento deverá votar as novas medidas de austeridade.
A coligação de três partidos políticos gregos, que anunciou ontem ter alcançado um “acordo global”, aprovou demissões em funções públicas e uma redução nos custos de mão de obra no país, para que a Grécia possa receber um empréstimo de resgate de 130 bilhões de euros antes de 20 de março, quando o país terá de reembolsar 14,5 bilhões de euros aos detentores de dívida pública grega.
O novo pacote de austeridade prevê um corte de 22% no salário mínimo, uma redução de 15% nas pensões complementares e a demissão de 15 mil funcionários públicos, para cumprir uma meta de 150 mil postos de trabalho a menos na função pública até 2015.
A dívida grega é cerca de 350 bilhões de euros, cerca de 160% do Produto Interno Bruto (PIB), com os credores públicos do país – União Europeia (UE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE). A exigência é que esse nível diminua para 120% do PIB até 2020.
Da Agência Lusa, via Agência Brasil