Centrais voltam a discutir reajuste do mínimo para R$ 580

Para CUT, o aumento real do salário mínimo é prerrogativa, condição e princípio para o combate à miséria

As centrais sindicais voltam a se reunir nesta terça-feira (11/01) para discutir o aumento do salário minimo para R$ 580 – valor definido pelas centrais para negociação com o governo. A reunião será na sede da UGT (União Geral dos Trabalhadores), em São Paulo.

De acordo com o secretário geral da CUT (Central Única dos Trabalhadores), o metalúrgico gaúcho Quintino Severo, o aumento real do salário mínimo é prerrogativa, condição e princípio para o combate à miséria, elencado como prioridade pelo novo governo. “A CUT está empenhada em retomar o debate sobre a política de valorização do salário mínimo e construir uma agenda que garanta a sua efetivação. O fato é que como está, nos R$ 540,00, não dá para ficar”.

Quintino ainda adverte, “vamos iniciar o ano com mobilização”. “Realizamos inúmeras marchas a Brasília nos finais de ano. Em 2011 nossa militância tem de estar preparada para começar o ano já colocando pressão. Por isso estamos ampliando as conversas, além das centrais, para os movimentos sociais, pois há muito em jogo nesta batalha”.

De acordo com o secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, o Juruna, na reunião desta terça-feira, as centrais vão discutir posições a serem tomadas para a negociação sobre o salário minimo e a correção da tabela do Imposto de Renda.

“Nossa ideia é acertar o que será feito nas negociações do aumento do salário mínimo e também da correção da tabela do Imposto de Renda. Vamos definir ações no Congresso Nacional e mobilizações nos estados”, afirmou Juruna.

Segundo o sindicalista, ainda há margem de negociação no Orçamento Geral da União para um salário minimo acima dos R$ 540, valor em vigor desde 30 de dezembro por meio de medida provisória editada pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

“Com um salário mínimo melhor distribuído, pudemos sair mais rapidamente da crise. Conseguimos aumentar o poder de consumo dos trabalhadores”, lembrou Juruna.

No Congresso Nacional, já existe consenso para reajustar o salário mínimo acima da inflação, mas a medida provisória que determina o novo valor só deverá ser votada em meados de março.

Do ABCD Maior, com informações da Agência Brasil