Chapa ‘Unidade Unisol para Construir um Novo Brasil’ é eleita para conduzir a entidade

Tarcisio Secoli, será o novo tesoureiro e falou sobre os desafios de fortalecer as cooperativas para dar mais qualidade de vida e renda aos trabalhadores

Durante 6º Congresso Nacional da Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários) a chapa ‘Unidade Unisol para Construir um Novo Brasil’, foi eleita por unanimidade para conduzir a entidade pelos próximos dois anos. A eleição ocorreu no sábado, 22, segundo e último dia de atividades do 6º Congresso. Cabeça da chapa, Léo Pinho foi reeleito para presidir a Unisol.

O dirigente lembrou que a chapa tem a missão de ajudar a construir a unidade. “Nossa chapa representa esse sentido da Unisol de construir uma unidade na diversidade do cooperativismo e da economia solidária brasileira respeitando todas as plenárias estaduais e as diversidades regionais e culturais no nosso povo”.

Tarcisio Secoli, membro da Cooperativa de Crédito dos Metalúrgicos do ABC, que já integrou a direção da Unisol, volta agora como tesoureiro e assume com o desafio de dar continuidade na busca por apoio para dar sustentação à Central, fortalecer e melhorar as cooperativas.

Foto: Adonis Guerra

“Pedir dinheiro é sempre difícil, mas há linhas de crédito possíveis, menos do governo federal, cada vez menos com este governo, tinha muito mais nos governos anteriores. O Sebrae no passado fez um trabalho muito interessante com a gente, também tem a Comunidade Europeia que antes da pandemia tinha muito recurso, porque lá eles têm linhas para o desenvolvimento de países de fora da Comunidade”, contou Tarcisio.

O novo tesoureiro destacou que diversos itens produzidos aqui despertam interesse internacional.

“Temos coisas muito interessantes funcionando na Unisol, como produtos orgânicos da agroecologia, produtos industriais, cadeia de vestuário, muita coisa que chama a atenção fora do Brasil. Fazendo os projetos adequados e buscando recursos, a gente encontra apoio”.

Viabilidade econômica

O dirigente destacou também que neste mandado é preciso trabalhar com a finalidade de fornecer viabilidade econômica para as cooperativas avançarem. “Por exemplo, é preciso aumentar e fazer crescer as compras online, para isso precisamos buscar mercados externos”.

“Tem um espaço grande para desenvolvimento da economia solidária, a grande maioria de catadores estão organizados em cooperativas. Hoje muitas vezes eles pegam o material, separam e vendem por quilo. Mas se trabalhassem esse material, seria possível agregar valor e aumentar a receita das próprias cooperativas”, explicou.

“A garrafa pet, por exemplo, se cortada em pedacinhos já tem outro valor na hora de vender, é um processo a mais, mas é coisa simples. Com isso seria possível aumentar a renda e dar mais qualidade de vida para quem trabalha. Em cada ramo é preciso pensar estratégias para trabalhar junto, assim a cooperativa vai se tornando mais viável e as pessoas tendo um rendimento melhor. É o trabalho que a Unisol tem que fazer, agregar, buscar e criar novas cooperativas”, finalizou.

Diretoria

Também integram a diretoria Maysa Motta Gadelha, da Paraíba, como vice-presidenta; Nelsa Nespolo, do Rio Grande do Sul é a secretária-geral; e, da Bahia, Edvaldo Pitanga é o diretor de Movimentos Sociais. O diretor executivo dos Metalúrgicos do ABC, Carlos Caramelo, integra o Conselho Fiscal.