Chernobil: Maior acidente nuclear faz 20 anos

Completou 20 anos que o mundo viveu o maior acidente nuclear da história. Na manhã de 26 de abril de 1986, uma série de erros causou a explosão do reator número 4 da usina de Chernobil, na Ucrânia, país da antiga União Soviética, quando o sistema de segurança estava desligado.

Câncer – Seguiu-se uma série de explosões que destruíram o núcleo do reator e espalharam uma nuvem radioativa que provoca câncer e outras doenças e já atingiu regiões da própria Ásia, Europa, África e até o Alasca, na América do Norte.

Em um momento em George W. Bush ameaça o planeta com o uso de armas nucleares, vale lembrar a devastação provocada pelo ocorrido em Chernobil.

A ONU (Organização das Nações Unidas) calcula que 9 mil pessoas já morreram ou  morrerão nos próximos anos em decorrência da radiação.

Entidades como o Greenpeace afirmam que o número é dez vezes maior.

Uma floresta de pesadelo

Cerca de 200 mil habitantes que moravam até 30 quilômetros em torno da usina foram retirados. A área se tornou uma espécie de floresta de pesadelo, onde restou apenas 25% da vegetação.

Em Chernobil, um depósito mostra caminhões, carros, máquinas agrícolas e tanques de guerra abandonados. No rio, barcos semi-afundados ocupam águas contaminadas. Cientistas alertam que os peixes não deveriam ser consumidos porque estão contaminados pelo lixo nuclear. Mas 500 pessoas voltaram porque não tinham aonde ir. Na maioria são idosos.

Desde 1986, o governo da Ucrânia já gastou R$ 40 bilhões em projetos sociais na região. Agora pede ajuda internacional mas, ao mesmo tempo, anuncia que irá destinar R$ 90 bilhões até 2030 para construir 11 usinas nucleares, sob intenso protesto popular.

Em 1991, os atos contra Chernobil acabaram se tornando a favor da independência da Ucrânia e iniciaram o fim da União Soviética.