Chico Buarque discursa em apoio a Dilma: ´Ela não tem medo de nada´

Artistas e intelectuais fazem ato de apoio à petista no Rio de Janeiro

 “Vim reiterar meu apoio a essa mulher de fibra, que já passou por tudo, e não tem medo de nada. Vai herdar um governo que não corteja os poderosos de sempre. O Brasil é um país que é ouvido em toda parte porque fala de igual para igual com todos. Não fala fino com Washington, nem fala grosso com a Bolívia e o Paraguai”. As palavras foram ditas pelo cantor e compositor Chico Buarque na noite desta segunda-feira (18/10) no Rio de Janeiro, durante ato de apoio à candidatura petista que reuniu artistas e intectuais.

Centenas de pessoas entre intelectuais, artistas, militantes e jornalistas, estiveram no Teatro Oi Casa Grande, no Leblon, Zona Sul do Rio. Chico, tímido e reservado, surpreendeu os presentes ao tomar a palavra no evento, convidado pelo teólogo Leonardo Boff. Entre os presentes também estavam o arquiteto Oscar Nemeyer, as cantoras Beth Carvalho e Alcione, o cartunista Ziraldo, e os ex-ministros Márcio Thomaz Bastos e Edson Santos, além do ex-prefeito Saturnino Braga.

Dilma falou no ato, após ser entrevistada no Jornal Nacional. A candidata voltou a comentar o assunto religião, além de Bolsa-Família, fome, Pré-Sal e Petrobras, falando, assim como nos os últimos debates, que o PSDB queria mudar da empresa para atrair investidores internacionais. O governador reeleito do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, os ex-ministros Carlos Minc e Gilberto Gil, e o atual ministro da Educação, Juca Ferreira, também marcaram presença no ato de apoio à candidata do PT faltando menos de duas semanas para o momento decisivo.

Sem ódio 
“Nós não somos um país que destila ódio. Somos um país onde todos os cultos e religiões podem viver na mesma escola. Nós somos o país da tolerância. Não queremos o país apropriado por nenhuma crença. O Estado que nós pregamos não pode interferir na vida privada das pessoas. Temos respeito pelas diferentes religiões”, declarou Dilma

A candidata também fez referência ao Pré-Sal e à Petrobras. “O Pré-Sal é para investirmos no fundo social. Quem quis mudar o nome da Petrobras, pode querer mais. A Petrobras era para ser partida e esquartejada (se referindo ao governo FHC). Eu não acredito num país, que se diz desenvolvido, não valorizar sua cultura. Os próximos anos terão desafios maiores. Os próximos leões que temos que matar são desafiadores, mas nós temos que encarar”, disse a candidata.
 

Do ABCD Maior