Chile, Argentina e Colômbia caem e prejudicam exportações do Brasil

O movimento de esfriamento dos mercados externos iniciado em março manteve-se em abril. No mês passado foram exportados 34 mil veículos, 23,9% menos do que em março, que havia contado com 44,7 mil embarques, e 24,1% abaixo do volume de abril de 2022, com 44,8 mil unidades. Com isso, o quadrimestre somou 146,3 mil veículos, 4,3% inferior aos quatro primeiros meses do ano passado.

Os dados foram divulgados na segunda-feira, 8, pela Anfavea. Segundo o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, a retração se deve a quedas nas vendas nos mercados internos dos principais destinos de exportação de veículos brasileiros. O Chile, que apresentou o maior tombo, de 48%, no ano passado havia ultrapassado o mercado argentino. “O país era e ainda é visto como a grande promessa das nossas exportações e de crescimento do setor, que poderia ser destino dos nossos embarques.”

Na Colômbia a retração no mercado interno foi de 20%, no México, de 18% e, na Argentina, de 13%. No entanto, apesar desse cenário, os embarques para o México cresceram: houve incremento de 6 mil unidades enviadas ao país. Dessa maneira, o México ocupou posto de principal destino das exportações brasileiras de veículos em abril, respondendo por 37% de tudo o que foi embarcado. Para efeito de comparação, um ano atrás sua representatividade era de 16%.

A Argentina, apesar da queda de mercado, historicamente é o principal parceiro comercial do Brasil e segue como um destino muito importante, mas vem perdendo relevância nesse contexto, apesar de sua participação ter aumentado de 27% a 30% nesse intervalo. Colômbia e Chile, no entanto, recuaram seu apetite pelos veículos brasileiros, a passarem de 19% para 9%, no caso do mercado colombiano, e de 18% para 7% no do chileno, de abril de 2022 ao mês passado. Uruguai manteve-se com 4% e, Peru, passou de 3% para 2%.