Chile tem apenas 11% dos carros vindos do Brasil; nosso país perde espaço para chineses na América do Sul
O mercado de automóveis na América do Sul deveria ter players de exportação liderando as vendas na região, como Brasil e Argentina, por exemplo. Todavia, ainda mais no caso brasileiro, a realidade é bem diferente, com os chineses dominando o cenário. Mesmo com veículos cruzando o extenso Oceano Pacífico, estes chegam da China com preços melhores em mercados vizinhos, bem como alguns distantes, como o México, por exemplo.
O mercado chileno é um bom exemplo disso, já que no país andino, entre 9% e 11% das vendas de carros são de produtos feitos no Brasil. Com um mercado de 330 mil carros por ano, o Chile se vê dominado pelas marcas chinesas. São 39% das vendas de carros oriundos da China, expondo a dificuldade do Brasil em exportar carros para lá, ainda mais que aquele mercado é totalmente aberto, sendo uma verdadeira babel automotiva.
Nada menos que 2,3 mil modelos de carros, caminhões, ônibus, comerciais leves e picapes são vendidos por lá, o que é exageradamente muito e isso ajuda ainda a diluir as preferências. Com custos de produção menores, os carros fabricados na China chegam aos país da América do Sul e no próprio México, com preços bem inferiores aos similares feitos localmente. A coisa é tão gritante que a GM, por exemplo, deixou de exportar para o México o Onix, passou a fabricá-lo lá e no final das contas, importou-o da China.
Além disso, mesmo marcas tradicionais dos EUA, Europa e Japão usam carros feitos na China para serem vendidos na região, como os Chevrolet Groove e Captiva, assim como os Dodge Journey e Attitude, por exemplo. Outro ponto é que a eletrificação favorece largamente os chineses com carros nos mesmos preços de modelos a combustão. Já os brasileiros, com custos maiores, são menos competitivos em sua própria região.
Do Notícias Automotivas