China e Brasil, mais um passo na cooperação

Um dos destaques do governo Lula é sua política internacional. O Brasil se distingue como principal liderança da América Latina, conquistou vitórias significativas no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) contra medidas protecionistas de países desenvolvidos, assim como participa ativamente da organização do bloco de países emergentes, destacando-se como um dos principais protagonistas nesse processo, ao lado da Índia e da China.

A visita do presidente chinês ao Brasil, daqui a dois dias, acompanhado de uma delegação de cerca de 500 pessoas, entre os quais 200 empresários, será mais um passo nessa promissora trajetória internacional, seis meses depois do Presidente Lula ter visitado a China.

Há a expectativa de que a visita formalize o que tem sido chamado de uma “parceria estratégica” entre os dois países. Há um gesto simbólico nesta direção: o Brasil será o primeiro dos quatro países latino-americanos a ser visitado e onde a delegação chinesa permanecerá por mais tempo.

Na pauta do histórico encontro estão a ação conjunta no lançamento de satélites, a cooperação industrial nas áreas siderúrgica e sucroalcooleira, o reconhecimento do Brasil como destino autorizado de turistas chineses e o reconhecimento, pelo governo brasileiro, da China como uma economia de mercado.

O último ponto é o mais importante para o governo chinês: representaria mais um voto (já tem 22) entre os 148 países que compõem a OMC, aceitando a tese de que os preços dos produtos chineses são formados de acordo com as forças de mercado e não sofrem distorções de intervenções estatais na economia. Este reconhecimento é fundamental para a China, alvo de constantes ações anti-dumping movidas por membros da OMC.

Departamento de Formação