China tranquiliza montadoras sobre chips, mas tema ainda preocupa

Segundo Anfavea, interlocutores chineses estão dispostos a manter as importações do componente ao país

A saída diplomática escolhida pela indústria automotiva e pelo governo federal para mitigar os riscos da falta de chips importados no Brasil parece ter dado resultado. Na quinta-feira, 30, a Anfavea, que é a associação que representa a maioria das montadoras instaladas no país, afirmou que interlocutores da diplomacia chinesa estão inclinados a manter o fornecimento do insumo.

O presidente da Anfavea, Igor Calvet, explicou que a saída é a China tirar o mercado brasileiro da lista de países para os quais a exportação de chips e insumos para produzi-los está bloqueada. Para Calvet, a China não pedirá nenhum tipo de contrapartida que não a rastreabilidade dos componentes, para evitar que os chips sigam do Brasil para países que estão na mira do bloqueio chinês.

“Os chips que as montadoras e sistemistas importam tem como origem a China. Nós queremos garantir que esse fluxo comercial siga sem interrupções”, completou Calvet. Ainda que autoridades chinesas tenham tranquilizado a indústria, ainda há o risco de parada de produção por falta do componente.

Isso porque nenhum acordo foi formalmente selado entre os países, tampouco uma garantia de prazo para que o assunto vire coisa do passado. “Seguimos conversando”, finalizou Calvet.

Do Automotive Business