Chinesa Neta tem logo removido de sede e faz crescer rumor de falência

Marca chinesa sofre 98% de queda nas vendas, enfrenta dívidas milionárias e tem futuro incerto no Brasil e no mundo

Que a Neta Auto enfrenta uma crise sem precedentes, já sabemos. Autoesporte noticia o mau momento da empresa chinesa desde o final de 2024, mas, recentemente, o drama ganhou mais um capítulo. Na última semana, um internauta compartilhou nas redes sociais fotos que mostram a logo da marca sendo completamente removida de sua sede, em Xangai (China). O ocorrido aumenta rumores sobre a saída iminente do fundador e CEO da Neta, Fang Yunzhou.

Apesar disso, segundo o CarNewsChina, a fabricante confirmou que a remoção se deu devido ao término do contrato de locação do imóvel em abril deste ano e que, por esse motivo, a empresa se prepara para uma mudança de endereço — embora a localização ainda não tenha sido divulgada. A medida ocorre em um momento em que a empresa chinesa acumula dívidas bilionárias, sofre queda de 98% das vendas, paralisou a produção de suas fábricas e promoveu uma demissão massiva de funcionários.

Vale lembrar que, em 2024, as vendas globais da Neta despencaram para 64.549 unidades, uma queda de quase 60% em relação às 152 mil unidades vendidas em 2022. Partindo de um cenário mais atual, o tombo foi ainda mais severo. Além dos cortes de gastos e redução salarial de até 75% para os colaboradores que permanecerem na empresa, acionistas, fornecedores e até concessionários também demonstram descontentamento com a marca devido a dívidas.

No Brasil, a situação não é diferente. Se no mercado chinês as vendas despencaram 98% em janeiro em comparação com o mesmo período do ano anterior, desde sua chegada no país, a Neta emplacou apenas 46 veículos com o lançamento dos modelos Aya e X. Além disso, concessionários que planejavam inaugurar lojas da marca em território brasileiro, recuaram a ideia antes mesmo da abertura.

Do AutoEsporte