Cidadania é o sentido da luta

Incorporar as reivindicações e a luta de todos os segmentos sociais por igualdade e inclusão fazem parte dos desafios do 1º de Maio.

Cidadania: a luta é universal

O 1º de Maio também incorpora reivindicações de todos os segmentos sociais

Em todo ato de 1º de Maio, as bandeiras tremulam com as mais diversas palavras de ordem e reivindicações. A defesa e a expansão dos direitos dos trabalhadores dão o tom nos discursos.

No entanto, a incorporação dos valores da cidadania e humanos vão ganhando cada vez mais destaque na luta dos trabalhadores. “A luta expressa no 1º de Maio não deve ser restrita a bandeiras dos trabalhadores. Ela deve expressar também os anseios da sociedade”, considera o presidente do Sindicato José Lopez Feijóo.

Desde os seus primórdios, como uma organização majoritariamente masculina e com forte ênfase na defesa de melhores salários, o movimento sindical evoluiu, incorporando recortes de gênero, etnia, juventude e pessoas com deficiência.

De um conjunto restrito a reivindicações trabalhistas, a pauta hoje apresenta um conjunto de diretos civis (dos quais constam o direito ao trabalho protegido), os direitos políticos (que trata do direito da sociedade se organizar) e os direitos sociais (que permitem a redução das desigualdades). É desse tripé que nasce a cidadania.

“Do ponto de vista prático, o local de trabalho deve refletir a diversidade da sociedade. Então, uma de nossas preocupações é incluir essa diversidade no local de trabalho, lutando por igualdade de oportunidades para a mulher, negros, pessoas com deficiência e jovens”, assinala Feijóo.

Nos últimos anos as pautas de reivindicações de nossas campanhas salariais, cita Feijóo, apresentam pontos como contratação por diversidade étnica, por cotas de pessoas jovens sem nenhuma experiência profissional, de pessoas com mais de 40 anos de idade e de pessoas com deficiência.

Para as pessoas que trabalham, o presidente do Sindicato lembra de outras reivindicações de cunho social como subvenção escolar, responsabilidade civil e criminal das empresas nos casos de assédio moral e sexual e código de conduta e responsabilidade social, com total respeito às legislações trabalhistas e sociais.

“Acredito que temos de levantar muitas outras reivindicações. O importante é fazer isso reafirmando o sentindo do 1º de Maio como um dia de comprometimento com a luta constante por transformações sociais”, finaliza Feijóo.