Cidade Amiga da Amazônia: ABC assina acordo para compra de madeira legal

As sete prefeituras da região aderiram na semana passada ao programa Cidade Amiga da Amazônia, assumindo compromisso de implementar leis para evitar o consumo de madeira amazônica proveniente de extração ilegal.

O programa foi criado pelo Greenpeace e seu objetivo é regulamentar os procedimentos de compra de madeiras e, com isso, exigir um selo de origem para evitar os desmatamentos. Aqui na região, o Greenpeace trabalha em parceria com a entidade Ação Triângulo.

“O ABC é o terceiro mercado consumidor do País e sua participação no programa significa um sinal concreto aos exploradores de que queremos nossa floresta em pé”, disse Adriana Imparato, ativista do Greenpeace.

Adriana considerou importante a participação das cidades do ABC no programa. “A região, além da força econômica, tem um grande peso político no cenário nacional”.

Ela comentou que o Greenpeace quer implantar o programa Cidade Amiga da Amazônia em todo o País.  “Sem contar o ABC, 15 prefeituras já aderiram ao programa, entre elas São Paulo, Santos e Rio, e outras 72 estão em processo de adesão”, concluiu.

30% das compras são públicas

O Greenpeace acredita que 80% da atividade madeireira na Amazônia ocorra na ilegalidade, isto é, madeira extraída de área não autorizada como reservas nacionais e territórios indígenas.

Outra estimativa aponta que um terço do consumo interno de madeira é comprado pela máquina pública.

“É o dinheiro público financiando o desmatamento”, alertou Adriana. Ela disse que as prefeituras precisam se tornar exemplos de consumidores conscientes.