Ciências médicas e a covid-19

Embora as notícias dos últimos tempos não sejam muito satisfatórias no que diz respeito ao controle e combate à Covid-19, principalmente quando nos referimos às ações e iniciativas governamentais, ou a falta delas, cientistas ao redor do mundo trabalham no desenvolvimento de alternativas e criam miniórgãos (organoides), que podem revolucionar o conhecimento sobre a Covid-19 e a melhor forma de enfrentar a doença.

Durante muitos anos, tem-se utilizado culturas de células e cobaias com a finalidade de realizar estudos e desenvolvimento de remédios ou vacinas.

Esses estudos possibilitam compreender como as doenças afetam seres humanos e animais, mesmo que de maneira simplificada e são fundamentais para a cura e imunizações de pessoas espalhadas pelo mundo.

Porém, as alternativas disponíveis ainda apresentam algumas limitações, pois não reproduzem as mesmas características da vida real. “Os organoides, por outro lado, são compostos de diferentes células e têm uma estrutura tridimensional. Por isso, eles têm funções mais parecidas ao que acontece de verdade”, segundo pesquisadores da Universidade de Kyoto, no Japão.

Os organoides, após uma série de procedimentos, são transformados em um órgão em miniatura, que funciona, de verdade e podem ser vistos e estudados a olho nu e permitem entender como o coronavírus provoca danos em diferentes partes do nosso corpo.

Graças a essa tecnologia, os especialistas avaliaram diversos tratamentos possíveis e entenderam rapidamente que a Covid-19 não era apenas uma doença que atingia o sistema respiratório, mas tinha repercussões no coração, no intestino, nos rins e até no cérebro.

Estamos chegando lá.

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Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente