Cipeiros discutem ofensiva dos patrões contra as normas de segurança

Mais de 300 cipeiros parti­ciparam do encontro “Cipeiro e Cipeira na Defesa do Traba­lho Decente” na última sexta, dia 24, para marcar o Dia do Cipeiro, que foi comemorado ontem. O evento foi organiza­do pela Frente Municipal de Prevenção e Enfrentamento da Violência no Trabalho, formada por sete sindicatos, entre eles os Metalúrgicos do ABC; Pastoral Operária, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, o Cerest, e outras entidades.
O presidente do Sindicato, Rafael Marques, analisou a conjuntura econômica e seus reflexos. “A ofensiva dos patrões contra a NR-12 é imensa e tam­bém será imensa contra outros direitos”, disse.
“Uma das primeiras coisas que o patrão corta na crise é o investimento na área da saúde e segurança dos trabalhado­res. É nosso papel atuar para impedir medidas que causem lesões e mortes”, prosseguiu Rafael. A NR-12 é a Norma Regulamentadora que trata sobre a segurança e proteção aos trabalhadores em máquinas e equipamentos.
A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, alegou gas­to inicial de R$ 100 bilhões para fazer a adequação à NR-12. “O Brasil gasta cerca de 4% do PIB por ano com despesas relacio­nadas a acidentes de trabalho. Isso dá R$ 220 bilhões, mais do que o dobro do que os patrões gastariam para implantar a NR- 12”, explicou o diretor executivo e coordenador da Comissão de Saúde do Sindicato, Amarildo Sesário de Araújo.
Na primeira reunião de Campanha Salarial com o Gru­po 3 na semana passada, ele contou que os empresários pediram a retirada da cláusula que garante a estabilidade ao portador de doenças e acidentes de trabalho até a aposentado­ria. “Não querem investir em máquinas mais seguras e ainda querem retirar direitos. O Sin­dicato vai atuar fortemente para evitar retrocessos”, afirmou.
O coordenador ressaltou que o encontro serviu como formação para os cipeiros. “É importante estarem preparados para fazer o enfrentamento no local de trabalho”, destacou.
A diretora executiva, Ana Nice Martins de Carvalho, alertou para os prejuízos do PL 4330, atual PLC 30, que precariza as relações de tra­balho. “O projeto dificulta os trabalhos da Cipa ao permitir a terceirização de todas as atividades de uma empresa. Uma empresa grande pode se dividir em várias menores”, disse. “Vamos lutar para que esse projeto perverso não passe”, concluiu.
por ano com despesas relacionadasa acidentes de trabalho.Isso dá R$ 220 bilhões, mais doque o dobro do que os patrõesgastariam para implantar a NR-12”, explicou o diretor executivoe coordenador da Comissão deSaúde do Sindicato, AmarildoSesário de Araújo.Na primeira reunião deCampanha Salarial com o Grupo3 na semana passada, elecontou que os empresáriospediram a retirada da cláusulaque garante a estabilidade aoportador de doenças e acidentesde trabalho até a aposentadoria.“Não querem investir emmáquinas mais seguras e aindaquerem retirar direitos. O Sindicatovai atuar fortemente paraevitar retrocessos”, afirmou.O coordenador ressaltouque o encontro serviu comoformação para os cipeiros. “Éimportante estarem preparadospara fazer o enfrentamento nolocal de trabalho”, destacou.A diretora executiva, AnaNice Martins de Carvalho,alertou para os prejuízos doPL 4330, atual PLC 30, queprecariza as relações de trabalho.“O projeto dificulta ostrabalhos da Cipa ao permitira terceirização de todas asatividades de uma empresa.Uma empresa grande podese dividir em várias menores”,disse. “Vamos lutar para queesse projeto perverso nãopasse”, concluiu.

Foto: Adonis Guerra

Mais de 300 cipeiros parti­ciparam do encontro “Cipeiro e Cipeira na Defesa do Traba­lho Decente” na última sexta, dia 24, para marcar o Dia do Cipeiro, que foi comemorado ontem. O evento foi organiza­do pela Frente Municipal de Prevenção e Enfrentamento da Violência no Trabalho, formada por sete sindicatos, entre eles os Metalúrgicos do ABC; Pastoral Operária, Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, o Cerest, e outras entidades.

O presidente do Sindicato, Rafael Marques, analisou a conjuntura econômica e seus reflexos. “A ofensiva dos patrões contra a NR-12 é imensa e tam­bém será imensa contra outros direitos”, disse.

“Uma das primeiras coisas que o patrão corta na crise é o investimento na área da saúde e segurança dos trabalhado­res. É nosso papel atuar para impedir medidas que causem lesões e mortes”, prosseguiu Rafael. A NR-12 é a Norma Regulamentadora que trata sobre a segurança e proteção aos trabalhadores em máquinas e equipamentos.

A Confederação Nacional da Indústria, a CNI, alegou gas­to inicial de R$ 100 bilhões para fazer a adequação à NR-12. “O Brasil gasta cerca de 4% do PIB por ano com despesas relacio­nadas a acidentes de trabalho. Isso dá R$ 220 bilhões, mais do que o dobro do que os patrões gastariam para implantar a NR- 12”, explicou o diretor executivo e coordenador da Comissão de Saúde do Sindicato, Amarildo Sesário de Araújo.

Na primeira reunião de Campanha Salarial com o Gru­po 3 na semana passada, ele contou que os empresários pediram a retirada da cláusula que garante a estabilidade ao portador de doenças e acidentes de trabalho até a aposentado­ria. “Não querem investir em máquinas mais seguras e ainda querem retirar direitos. O Sin­dicato vai atuar fortemente para evitar retrocessos”, afirmou.

O coordenador ressaltou que o encontro serviu como formação para os cipeiros. “É importante estarem preparados para fazer o enfrentamento no local de trabalho”, destacou.

A diretora executiva, Ana Nice Martins de Carvalho, alertou para os prejuízos do PL 4330, atual PLC 30, que precariza as relações de tra­balho. “O projeto dificulta os trabalhos da Cipa ao permitir a terceirização de todas as atividades de uma empresa. Uma empresa grande pode se dividir em várias menores”, disse. “Vamos lutar para que esse projeto perverso não passe”, concluiu.

Da Redação.