Classe C já tem 52% da população

Duas pesquisas divulgadas nesta segunda-feira 8 tecem o panorama da Classe C, a chamada nova classe média, que já é a maior camada da população no Brasil.

O levantamento divulgado pelo Data Popular mostra que em 2003 a classe média cresceu 12% nos últimos sete anos: em 2003, equivalia a 40% da população. Atualmente este índice é de 52%. Essa é a primeira vez em que a classe C configura mais da metade da dos habitantes do país. O percentual representa 31 milhões de pessoas que ingressaram na classe média na última década, o que faz subir para 95 milhões o número de brasileiros nessa faixa social.

O mesmo estudo mostra a classe C mais otimista em relação à renda, saúde e qualidade de vida do que as classes mais baixas e altas. Dos participantes do questionário, 84% acreditam aumentarão suas rendas nos próximos quatro anos. Outros 80% se mostraram otimistas com o futuro sendo que destes 89% estão na região Nordeste; 88% Norte. 82% Centro-Oeste; 76% Sudeste e 75% no Sul do País. A pesquisa foi realizada em 251 cidades distribuídas em 26 Estados com 16 mil pessoas.

Já uma segunda pesquisa realiada sobre lançada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência (SAE), do governo federal, revela  que a nova classe média é formada em sua maioria por mulheres (51%), tem mais de 25 anos (63%) e é majoritariamente branca (52%).  O levantamento, chamado de Classe Média em Números, também indica que a renda familiar deste grupo varia entre mil e 4 mil reais conquistados através de empregos formais e que possuem um alto poder de consumo. Os dados têm base na Pesquisa de Amostra Domiciliar (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) antes do Censo 2010, e agora recompilados pela SAE para estabelecer o perfil da classe C.

Os índices revelam que a nova classe média é de maioria urbana (89%) e está concentrada em três regiões brasileiras: Sul (61%), Sudeste (59%) e Centro-Oeste (56%). O percentual da população nesse estrato social é maior em cidades de pequeno porte (45%), com menos de 100 mil habitantes, do que em regiões metropolitanas (32%) e em cidades de médio porte (23%).

Como divulgado na pesquisa, seis em cada dez pessoas da classe C estão empregadas. A maioria dessas tem registro formal (42% com carteira assinada e 11% como funcionário público); 19% trabalham sem registro; outros19% trabalham por conta própria; 3% são empregadores; e 6% não são remunerados. O perfil de formalização da classe C (53%) está acima da média nacional (47%), mas, na classe alta, o índice de formalização é maior, 59%.

Da Carta Capital