Classes A e B ainda são maioria nas universidades federais
A maioria dos estudantes de universidades federais, matriculados em cursos de graduação, é das classes econômicas A e B (com renda familiar mensal que varia de R$ 2.656 a R$ 11.480). Somados, os alunos destes grupos representam 56,3% do total. Estes dados estão na pesquisa foi realizada pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e divulgada na última quarta-feira (03).
Universitários das classes C, D e E (com renda familiar mensal de R$ 415 a R$ 1.459) representam 43,7% no ensino superior federal. Nas regiões Norte e Nordeste do país a presença dessas classes é maior, com 69% e 52% respectivamente.
O estudo busca subsidiar a implantação de políticas de assistência estudantil nas universidades federais. Os estudantes das classes C, D e E têm prioridade nessas ações. Porém, o estudo declara que apesar de serem “os mais beneficiados por estes programas, ainda não são adequadamente atendidos em suas necessidades”.
A pesquisa também aponta que há um déficit de moradias estudantis, incluindo apenas 2,5% dos estudantes. Outras políticas aplicadas são as bolsas de permanência – que atendem 10% dos alunos –, os programas de transporte – com 11% de abrangência–, e os programas de alimentação – que contemplam 15% do total de universitários.
O índice de trancamento de matrícula é considerado elevado, de 12,4%. Segundo o relatório, “boa parte deste percentual resulta de impedimento financeiro, especialmente para os estudantes das classes C, D e E”.
Da Radioagência NP