CNM-CUT assina acordo coletivo nacional para setor naval

Ariovaldo Santana da Rocha, do Sindicato Nacional da Indústria Naval
e Paulo Cayres, presidente da CNM-CUT

 A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, e o Sindicato Nacional da Indústria Naval assinaram na semana passa­da um acordo para unificar os direitos trabalhistas da categoria em todo o País.

O compromisso estipula o prazo de seis meses para a construção de um contrato que preveja a equiparação do piso salarial e das condições de trabalho na área.

O coordenador do setor na CNM-CUT, Edson Carlos da Silva, afirmou que a categoria quer criar uma convenção coletiva e única em que al­gumas cláusulas sejam iguais para todos os trabalhadores navais no Brasil.

“No Rio de Janeiro, um trabalhador na indústria naval recebe, no mínimo, R$ 2.500. Já no Estado do Rio Grande do Sul, o piso  é de R$ 1.400, em média”, afirmou. “A diferença chega a R$ 1.000 de região para re­gião. É com essa disparida­de que a gente quer acabar”, prosseguiu.

Edson destacou ainda a diferença com relação aos tíquetes de alimentação recebidos pela categoria. “No Sudeste, o trabalhador rece­be um valor, no Sul outro, e  no Norte não tem o tíquete”, contou.

Segundo o presidente da CNM-CUT, Paulo Cayres, a política nacional de fortalecimento do setor naval, implementada pelo ex-pre­sidente Lula, impulsionou o investimento na produção de petróleo e gás.

“O contrato que assinamos agora vai permitir o acom­panhamento da situação da categoria para que nenhum trabalhador seja penaliza­do no setor naval no País”, frisou.

Ele ressaltou ainda que a iniciativa de Lula teve sucesso, pois em pouco mais de uma década o emprego cresceu 16% ao ano no setor. Em 2000, ele contava com 1.900 postos de trabalho. Hoje emprega 70 mil trabalhadores, segundo o Instituto de Pesquisa Econô­mica Aplicada, o Ipea.

Da Redação