CNM-CUT lança campanha nacional contra a reforma da Previdência

(Foto: Edu Guimarães)

No segundo dia de for­mação contra as reformas trabalhistas e da previdência, dirigentes sindicais de todo o País participaram de de­bate com o deputado federal Carlos Zarattini e o senador Lindbergh Farias, na sede da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT, a CNM-CUT, na manhã de ontem.

A CNM-CUT aproveitou o evento e a presença dos líderes sindicais para lançar uma cam­panha nacional de combate à reforma da Previdência com o tema: “Reforma da Previdência sua aposentadoria acaba aqui”.

Foram distribuídos conteú­do digital para confecção de cartazes, camisetas, adesivos e propaganda para veiculação em rádio e peças para redes sociais. A partir da próxi­ma semana, todo o conteúdo estará disponível no site da Confederação com atualiza­ções permanentes. O material inclui também um folheto com perguntas e respostas para contribuir com os debates sobre o assunto.

“Esta campanha vai impul­sionar as lutas dos metalúrgi­cos e da classe trabalhadora contra as reformas e os ataques do governo golpista aos direi­tos trabalhistas. A CNM-CUT está disponibilizando todas as peças da campanha para os sindicatos reproduzirem em suas bases. Elas subsidiarão as ações locais e as mobilizações em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras”, explicou o presidente da Confederação, Paulo Cayres, o Paulão.

DEBATE

“O Congresso virou um verdadeiro rolo compressor contra os direitos do povo. O objetivo do golpe é fazer o que eles chamam de reformas, mas que na verdade é a supressão dos direitos do brasileiro. A ideia é adequar a Previdência às condições para o pagamento de juros da dívida externa do Brasil”, assim abriu as discus­sões o deputado federal, Carlos Zarattini, do PT de São Paulo.

Ele lembrou que desde 19 de dezembro o governo emitiu 15 medidas provisórias. “É um governo que trabalha ra­pidamente para tentar mudar a legislação e fazer mudanças estruturais”.

Segundo ele, apenas a bancada progressista não tem condi­ções de mudar isso. “Se não tiver uma grande mobilização social, vamos acabar perden­do. É preciso fazer um movi­mento para que os deputados entendam que quem votou neles é contra a reforma”.

O senador Lindbergh Farias, do PT do Rio de Janeiro, cha­mou as medidas de um plano de austeridade maluco. “Vamos ter em 2017 o aprofundamento de uma crise social, em alguns lugares até de convulsão social. A reforma da Previdência vai ter um efeito perverso e desas­troso na economia”, sentenciou.

Da Redação