CNM/CUT participa de debate sobre redes sindicais de multinacionais organizado pela IndustriALL

Articulações têm o propósito de representar, proteger e defender os direitos dos trabalhadores

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A CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT) participou, nos dias 19 e 20 deste mês, do Encontro de Redes Sindicais de Multinacionais, organizado pela IndustriALL Global Union e pela Fundação Friedrich Ebert, no Hotel Leques, em São Paulo.

O encontro faz parte de um projeto com duração de três anos que pretende reforçar a capacidade das entidades filiadas à IndustriALL Global Union de organizar e desenvolver o trabalho das redes sindicais com o propósito de representar, proteger e defender os direitos dos trabalhadores nas empresas multinacionais e em suas cadeias produtivas.

“É um projeto importante que dialoga com o grupo de empresas transnacionais (GMC) do IndustriALL Global Union, grupo criado em 2023, encarregado de debater, atualizar e criar os acordos marco globais e uma estratégia coordenada entre as diferentes plantas dos diferentes grupos filiados a IndustriALL”, explicou o secretário de Relações Internacionais da CNM/CUT, Maicon Michael Vasconcellos.

O dirigente destacou que o encontro serviu para compreender melhor os acordos marco globais de relações de trabalho instituídos nas empresas transnacionais pelo mundo, mostrando que o entendimento precisa ser feito a partir da organização dos trabalhadores dentro das fábricas e redes sindicais.

“São os trabalhadores que sofrem os impactos do capital no dia a dia e são os trabalhadores que podem propor alternativas organizativas e de luta para combatermos a visão excludente das transnacionais que, por exemplo, olham para o sul do mundo e enxergam mão de obra barata, piores condições de trabalho e apropriação de recursos naturais”, reforçou.

Redes sindicais

As chamadas redes sindicais são uma espécie de articulação entre trabalhadores de empresas multinacionais e ou transnacionais, que possuem fábricas espalhadas em lugares diferentes do mundo.  Elas surgiram como alternativa, principalmente na Europa, contra as adversidades que os sindicatos vêm enfrentando desde o final do século XIX. A ideia é combater juntos todas as formas de injustiça.