CNM/CUT propõe à Abimaq olhar estratégico para o setor de máquinas no país

A CNM/CUT (Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT) reúne hoje dirigentes, de forma virtual, para debater a pauta que será entregue no próximo dia 20 à Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) com a proposição de um olhar estratégico para o setor.

Foto: Divulgação

O secretário-geral da CNM/CUT, Loricardo de Oliveira, destacou as pautas que estão em discussão. “A necessidade da criação de uma política para o preço do aço, principal insumo do setor de máquinas, um contrato coletivo nacional, com um olhar voltado para pontos fundamentais como ultratividade e renda dos trabalhadores. Queremos uma agenda a longo prazo para construir uma indústria forte com produção e desenvolvimento nacionais”. 

O diretor executivo dos Metalúrgicos do ABC, presidente da IndustriALL-Brasil e da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC, Aroaldo Oliveira da Silva, ressaltou a importância de dialogar com a indústria de máquinas e equipamentos.

“O setor de máquinas e equipamentos, bens e capitais, é de extrema importância porque é por meio dele que vamos começar o processo de reindustrialização do Brasil, adequada às novas tecnologias e a essa nova indústria que surge”.

Falta de políticas industriais

Aroaldo criticou ainda a falta de políticas industriais no país tanto por parte do governo federal quanto do governo do estado de São Paulo. “Vivemos um apagão de políticas industriais e uma política anti-indústria no último período, com o desmonte das linhas de financiamento e programas de fomento tanto no Brasil como no estado de São Paulo”, reforçou.

Pós-pandemia

Outro tema é a necessidade de reconversão das empresas, que ficou em destaque na pandemia por conta da falta de insumos médico hospitalares.

“Os governos deveriam estar discutindo como as empresas poderiam fazer a reconversão de suas produções para atender às demandas sociais existentes, como por exemplo da área da saúde e saneamento. Infelizmente só temos visto desmonte, como a recente retirada de recursos das áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, atingindo diretamente as universidades e institutos federais”, concluiu.