CNM-CUT quer ação conjunta contra crise dos caminhões


Paulo Cayres, presidente da CNM-CUT. Foto: Rossana Lana/SMABC

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) quer reunir os sindicatos que representam trabalhadores nas montadoras de caminhões em todo o País para debater a crise que atinge o setor.

Um dos pontos abordados será a adoção pelo governo federal de uma política para renovação da frota nacional de caminhões, conforme proposta elaborada pelos Metalúrgicos do ABC.

Segundo Paulo Cayres, o Paulão, presidente da CNM-CUT e membro do CSE na Ford em São Bernardo, a crise que atinge o setor se espalhou pelas montadoras de todo o Brasil.

Essa crise começou no final do ano passado, quando as vendas de caminhões novos despencaram devido à desaceleração econômica e a mudança na produção de motores exigida pela norma Proconve-7 (Euro 5). Esses novos motores poluem menos o ambiente, mas aumentam o preço final do produto em até 20%, além de encarecer o combustível em mais 40%.

“Nossa ideia é chamar também as centrais sindicais e ir a Brasília cobrar uma resposta do governo federal para o projeto de renovação da frota”, afirmou Paulão.

A produção de caminhões e ônibus emprega quase 21 mil trabalhadores em todo o Brasil. Só os Metalúrgicos do ABC representam cerca de 80% dos trabalhadores no setor, sendo responsáveis por 55% da produção nacional de caminhões.

Da Redação