CNM-CUT quer campanha nacional unificada
Pesquisa feita pela Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM-CUT) e o Dieese com metalúrgicos em 54 cidades em todo o País que abrigam montadoras e siderúrgicas mostrou diferenças salariais injustificáveis entre trabalhadores do mesmo ramo.
“Como o custo de vida em todas as cidades pesquisadas é quase igual, a diferença entre os salários não se justifica”, diz Valter Sanches, secretário da CNM-CUT.
Como exemplo, ele cita que uma cesta mínima de consumo custa R$ 467,50 em Camaçari, na Bahia, e R$ 474,00 no ABC. Nesta cesta estão incluídos alimentos, produtos de limpeza e remédios e outros itens.
“Usaremos o estudo como base na campanha salarial unificada que os metalúrgicos da CUT farão em setembro. Nela, vamos reivindicar um contrato coletivo nacional para os mais de um milhão de trabalhadores na categoria”, revela Valter Sanches.
O secretário-geral do Sindicato, Rafael Marques, vai na mesma direção. “Hoje os preços são nacionais em quase tudo, de serviços a cestas básicas. Não há motivo para companheiros de diferentes regiões não receberem os mesmos salários”, afirma.
“Por isso a grande tarefa dos metalúrgicos da CUT é aproveitar o que há de melhor nas diferentes práticas das campanhas salariais como forma de unificar as lutas apontando para o Contrato Coletivo Nacional na categoria”, finaliza Rafael.