CNM defende na Justiça novo IPI para importados

A Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) da CUT vai ingressar com ação no Supremo Tribunal Federal para defender o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados.

Segundo João Cayres (foto), secretário-geral da Confederação e membro do CSE na Ford, trata-se de uma contra-ofensiva dos trabalhadores à ação do Partido Democratas (DEM), movida no mesmo tribunal, contra o aumento. 

“Apoiamos as medidas do Plano Brasil Maior, a política industrial do governo federal, e o aumento de IPI dos veículos importados porque protegem o produto nacional e ajudam a garantir os empregos brasileiros”, afirma trecho de carta da CNM-CUT divulgada na semana passada.

O governo também saiu em defesa do IPI maior para os importados. A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional recorreu sexta-feira contra decisão da Justiça obtida pela montadora chinesa Cherry, que conseguiu suspender o reajuste. A procuradoria também está preparando a defesa contra a ação do DEM.

Metalúrgicos lutarão pela permanência da medida
Os metalúrgicos do ABC também encaminharam carta à presidenta Dilma Rousseff, publicada no site do Sindicato e na capa da Tribuna Metalúrgica desta terça (27).

Junto com a ação da CNM-CUT, são dois movimentos da categoria para manter o aumento do IPI para os veículos importados.

A medida atendeu uma reivindicação dos trabalhadores e colocou um freio no trânsito que prometia a entrada de um milhão de carros estrangeiros no País só neste ano.

Se o IPI não fosse aumentado, 506 mil empregos corriam o risco de serem fechados na cadeia automotiva brasileira, 37% do total. Hoje ela emprega 1.348.650 trabalhadores (desde fornecedores para a produção aos serviços depois da venda) e poderia ficar com 842.490 trabalhadores, conforme levantamento da Subseção Dieese do Sindicato.

A carta foi aprovada na assembléia de terça-feira passada na Regional Diadema e reconhece a coragem da presidenta Dilma Rousseff em autorizar o aumento.

Da Redação