Coletivo debate com alunos da Escola ‘Dona Lindu’ conscientização sobre violência contra mulher
Atividade envolveu 180 pessoas que conversaram a respeito das formas de violência e funcionalidade da Lei Maria da Penha

Para finalizar o mês Agosto Lilás, o Coletivo das Mulheres Metalúrgicas do ABC realizou, na última terça-feira, 29, debate com os alunos e alunas da Escola Livre para Formação Integral ‘Dona Lindu’, em Diadema. A atividade, com as turmas dos três turnos, reuniu homens e mulheres de várias idades para conversar sobre os tipos de violência contra mulher e a funcionalidade da Lei Maria na Penha.

O encontro, que encerrou as atividades do mês dedicado a tratar da conscientização sobre o tema, envolveu cerca de 180 pessoas entre estudantes, professores e trabalhadores na Escola que puderam ouvir, interagir e se colocar sobre um assunto ainda pouco debatido no ambiente escolar.
A coordenadora do Coletivo, Rosimeire Conceição, a Rosi, declarou que foi muito importante poder dar destaque ao tema e esclarecer detalhes da Lei Maria da Penha. “O Sindicato vem evoluindo muito no sentido de debater pautas que vão além das fábricas. Foi muito gratificante conversar sobre como a Lei funciona e salva vidas, os alunos tinham muitas dúvidas. É essencial a Escola ter esse espaço para fazemos esse debate e mostrarmos como as comissões funcionam. Pretendemos realizar mais sobre outros temas”.

O diretor responsável pela Escola, Marcos Paulo Lourenço, o Marquinhos, destacou o trabalho de aproximação da “Dona Lindu” com as comissões de cidadania.
“Nosso Sindicato sempre vai lutar por aumento de salário, PLR, convenção coletiva, direitos, mas vai muito além disso. É um Sindicato que está na comunidade, na sociedade, e para isso é preciso fazer esse tipo de discussão no dia a dia. Temos que mostrar para os alunos e alunas qual é nossa visão de sociedade, mais justa e igualitária, e as comissões têm papel importantíssimo nisso”, pontuou.

Homens na conversa
O coordenador da Comissão da Igualdade Racial e Combate ao Racismo do Sindicato, Clayton Willian, o Ronaldinho, presente no bate-papo, lembrou que é preciso incluir os homens nessas rodas de conversa.
“Essa é uma atividade muito abrangente que também é de interesse dos homens. Eu, por exemplo, sou filho de uma mulher, me relaciono com uma mulher e sou pai de uma menina. É importante o homem estar engajado nessas pautas e ter conhecimento dos tipos de violência que mulheres vêm sofrendo na sociedade”.

Saber identificar e denunciar
A trabalhadora na Volks Beatriz Batan deixou suas impressões sobre o evento. “É muito importante a gente se conscientizar e saber quais são as violências que as mulheres sofrem. Muitas vezes, é uma parente, uma amiga que está passando por isso e não sabemos identificar nem como agir e denunciar. Foi uma atividade de extrema importância”, contou.