Coletivo realiza rodas de conversa com trabalhadoras na Apis Delta e na Metaltork
As atividades encerraram os eventos de conscientização sobre o Dia Internacional da Mulher

Na última quinta-feira, 04, o Coletivo das Mulheres Metalúrgicas do ABC realizou rodas de conversa com as companheiras em duas empresas em Diadema: na Apis Delta e na Metaltork. As atividades encerraram os eventos de conscientização sobre o Dia Internacional da Mulher. Durante todo o mês de março e início de abril, o Coletivo organizou essas conversas em diferentes fábricas.
Na Metaltork, o encontro contou com trabalhadoras da produção e do administrativo. A integrante do Coletivo, Priscila dos Santos Rozas, detalhou as questões abordadas e notou que as companheiras puderam ampliar o sentimento de sororidade.

“Conversamos sobre a importância do 8 de março, data em que as mulheres do mundo todo se unem por melhores condições de trabalho, igualdade de direitos e respeito. O mês de março acabou, mas a nossa luta é constante, pois a base da nossa sociedade ainda não entendeu que lugar de mulher é onde ela quiser. As mulheres na Metaltork tiveram a oportunidade de discutir sobre essas questões e aumentar um pouco mais o sentimento de sororidade. Esse é o sentimento que sonhamos que todas desenvolvam”.
Já Maria José da Silva Modesto, também do Coletivo, relatou um momento de muita troca e interação. “Foi uma conversa muito gratificante, porque além da interação que elas tiveram conosco sobre assédio e outras questões, também mostraram conhecimento sobre a importância dessa data. De que não se trata de um dia para ganharmos flores e bombons, claro que tudo isso é muito bom, nós gostamos, mas é preciso sempre destacar que é uma data que tem um histórico de luta”.
Apis Delta

A integrante do Coletivo e CSE na empresa, Valéria da Silva, avaliou que a iniciativa como um todo foi uma sacada gratificante e muito útil. “Foi muito gratificante ver a admiração que as meninas têm por nós do Coletivo, recebemos um retorno muito bom. Poder falar sobre os nossos direitos, dupla jornada, feminicídio e possibilitar essa troca foi uma grande sacada. Não só na Apis Delta, mas em todas as outras empresas e também na Escola Dona Lindu, as meninas ficaram muito gratas”.
“Além das conversas sobre nossos direitos, também ressaltamos nossa luta contra a violência e o feminicídio. Não só em março, mas sempre temos que ir para as ruas gritar que não nos matem, não só ficar esperando o parabéns”, completou a CSE na fábrica, Claudia Alexandra Rodrigues.