Colgate e trabalhadores sem acordo sobre PLR
Sindicato rejeita nova proposta de vinte reais a mais no valor e não descarta paralisação na fábrica
A reunião entre a Colgate e o Sindicato dos Químicos do ABC para acertar o valor da PLR (Participação dos Lucros e Resultados) dos 1.500 funcionários da fábrica de São Bernardo não rendeu frutos. O sindicato não descarta a possibilidade de greve, caso não haja acordo entre as partes nos próximos dias.
Nessa semana, a empresa ofereceu R$ 20 a mais nos já propostos R$ 1.850 de bônus para quem ganha piso de até R$ 2.324 e manteve os 74% do salário para os que têm honorários superiores, no entanto o sindicato exige mais. No ano passado, os trabalhadores receberam R$ 1.720 e a entidade trabalha para conquistar R$ 2.000.
“Não caminhou nada. Oferecer apenas R$ 20 é o mesmo que manter a proposta anterior. Levamos isso aos funcionários que rejeitaram o valor de cara”, conta o diretor Pasquale Musciacchio.
Sem acordo definido e sem prazo para novo encontro, o sindicato diz que manterá as paralisações ‘pipoca´´, que têm ocorrido desde a semana passada na fábrica, sempre na troca de turnos. “Faremos algo ainda maior na próxima semana. Vamos paralisar toda a fábrica e também a avenida Anchieta”, promete o diretor.
Para o sindicato, a proposta feita pela empresa não representa ganho para a categoria, nem condiz com o bom momento que vive a economia do País. “O valor da diferença oferecido foi pouco, não dá nem para conversar. Queremos R$ 2.000”, atesta o diretor do Sindicato dos Químicos do ABC, Wanderley Salatiel.
Com cerca de 400 funcionários em cada turno de trabalho, a ideia do sindicato e mobilizar sempre em torno de 600 trabalhadores, por período. A falta de definição no horário das paralisações ocorre, segundo o diretor Salatiel, porque sabendo do possível ato, a empresa opta por informar funcionários e adiantar o turno de entrada, conforme teria ocorrido no primeiro dia de movimentação, na quarta-feira passada. De acordo com Salatiel, na ocasião “a empresa ligou para que alguns trabalhadores entrassem mais cedo”.
Desde o início das paralisações, a Colgate ainda não se manifestou sobre o assunto
Com Diário do G. ABC