Colhendo tempestades

“Eu nunca tinha visto uma barbaridade assim por aqui!”

Essa tem sido uma fala constante nos noticiários.

São entrevistadas pessoas comuns, espantadas diante das calamidades provocadas pelas ventanias, temporais, inundações enfim todas essas coisas que têm dominado os noticiários.

Todas as catástrofes que passam na TV acontecem em países distantes e, apesar do sofrimento, provocam suspiros aliviados por vivermos no Brasil, onde nada disso acontecia.

Mas, de um tempo para cá, essas tragédias estão acontecendo aqui, na nossa terra, e muitas das vítimas personagens são nossos irmãos brasileiros.

Exemplos estão aí

O Atlântico Sul era considerado área livre de furacões, mas o Catarina, ocorrido em março de 2004, foi classificado como furacão categoria 3 por agência norte-americana.

Praias estão diminuindo de tamanho e, nos próximos 10 anos, 17 delas vão desaparecer apenas no litoral paulista, segundo a Cetesb.

Rios que nunca transbordaram hoje inundam cidades e deixam milhares de desabrigados em pequenas localidades do interior. A região amazônica, maior bacia hidrográfica do planeta, ficou praticamente seca.

Aquecimento e poluição

Por trás disso tudo está a causa principal, o aquecimento global provocado pelo efeito estufa, que discutiremos numa próxima oportunidade.

Enquanto isso, vamos pensando na resposta de um trabalhador quando um repórter lhe perguntou se o tempo não estava muito maluco.

Sua resposta foi: “maluco estão os homens que estão provocando tudo isso”.

Departamento de Saúde do Trabalhador e Meio Ambiente