Com 97% dos votos, metalúrgicos da Renault aprovam acordo
Eles voltarão ao trabalho nesta quarta-feira (12), com medidas válidas por quatro anos
Depois de 21 dias, chegou ao fim a greve dos trabalhadores da Renault em São José dos Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Eles voltarão ao serviço nesta quarta-feira (12), após aprovar acordo que inclui reajuste, abono, participação nos resultados e plano de demissões voluntárias (PDV), além de medidas de flexibilização na fábrica, que atualmente tem por volta de 7.300 funcionários.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, quase 5.300 trabalhadores participaram da votação remota. Desse total, 5.119 (97%) foram a favor da proposta negociada com a empresa, enquanto 164 votaram contra.
Com isso, foram anuladas as 747 demissões feitas em 21 de julho, correspondente ao fechamento do terceiro turno. No entanto, eles não voltam ao trabalho amanhã, junto com os demais colegas. Ficarão em casa até o próximo dia 20, quando termina o PDV. Se a meta da montadora não for atingida, será implementado lay-off (suspensão dos contratos), com garantia de pagamento de 85% do salário líquido, durante pelo menos cinco meses. Se preciso, poderá haver redução de jornada e salário com base na Lei 14.020 (originária da Medida Provisória 936).
Abono e reajuste
Na data-base deste ano e do próximo, em vez de reajuste será pago abono de R$ 2.500. Em 2022 e 2023, os reajustes voltarão a ser aplicados, com base na variação do INPC. Esse índice será usado nos quatro anos para o vale-mercado.
A participação nos lucros ou resultados (PLR) também vale para quatro anos. O valor depende do cumprimento de metas. Neste ano, por exemplo, se as metas forem atingidas integralmente, o prêmio somará R$ 26.500. A primeira parcela já tem o valor fixado em R$ 8.500.
Ainda de acordo com o sindicato, a Renault “se comprometeu a tentar adiantar a vinda de um novo produto para a fábrica”.
Da Rede Brasil Atual