Com acertos nas políticas do governo, Brasil gerou mais de 2 milhões de empregos no ano passado
Taxa de desemprego é a menor em 13 anos. Desocupação de 6,2% é a menor de toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012
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Os dados mais recentes divulgados pelo Novo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) apontam que em novembro de 2024 o país gerou 106.625 novos postos de trabalho formais. O número é resultado de 1.978.371 admissões e 1.871.746 desligamentos. O acumulado de janeiro a novembro do ano passado ficou em 2.224.102 empregos.
Até o final de novembro, o país contava 6,8 milhões de pessoas sem emprego. A taxa de desocupação estava em 6,2%, a menor de toda a série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012. Antes disso, o percentual mais baixo de desempregados no país havia sido registrado em dezembro de 2013 (6,3%).
O destaque ficou por conta do resultado 22,2% maior que o saldo de empregos observado no período de dezembro de 2022 a novembro de 2023 (+1.450.778). Já de dezembro de 2023 a novembro de 2024 o saldo foi de +1.772.862.
Salários
Também houve melhora nos salários. O salário médio real de admissão em novembro foi de R$ 2.152,89. Comparando o mesmo mês do ano anterior, o que desconta mudanças decorrentes da sazonalidade do mês, o ganho real foi de R$ 27,34. A Indústria apresentou saldo de +422.680 postos de trabalho, com destaque para Fabricação de produtos alimentícios (85.969); Fabricação de Veículos automotores (35.217) e Produtos de Borracha e de Material Plástico (32.404).
Na Categoria
Na base dos Metalúrgicos do ABC, entre janeiro e novembro de 2024 foram gerados 3.428 novos empregos, totalizando 73.068 trabalhadores na categoria. O resultado foi bastante positivo se comparado ao mesmo período do ano anterior, quando o saldo ficou negativo em -1.083 vínculos.
Avanços e desafios
O secretário-geral do Sindicato, Claudionor Vieira, analisou a melhora da situação no país, porém pontuou as lutas necessárias para que o Brasil continue avançando e gerando renda.
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“O governo tem demonstrado responsabilidade, esse resultado indica acerto nas políticas desenvolvidas. É importante porque mantém a economia aquecida, cria um clima de otimismo, são mais famílias trabalhando, tendo renda, e quando há mais pessoas trabalhando, há menos gente passando necessidade, menos pessoas nos faróis pedindo. Esperamos que este ano o Brasil continue a crescer e a gerar emprego para continuar distribuindo renda”.
“Agora, para que o país possa crescer e se desenvolver ainda mais, é preciso baixar a taxa de juros que ainda é muito alta, o que acaba impedindo mais investimentos. Outra questão essencial é a aprovação da isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais, promessa de campanha do presidente Lula”.
Claudionor reforçou que é necessário pressionar o Congresso para garantir a pauta da classe trabalhadora. “Precisamos estar atentos porque a maioria do Congresso tem compromisso com o agronegócio, com o empresariado, com o sistema financeiro, poucos deputados têm compromisso real com o povo brasileiro”.
O dirigente destacou ainda a relevância de continuar criando linhas de crédito para incentivar e impulsionar o desenvolvimento e continuar gerando empregos e distribuindo renda. “Nesse sentido o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), junto ao governo, tem papel fundamental no que diz respeito à política industrial. É mais que necessária a reindustrialização do nosso país”, concluiu.
Maior destaque em SP
O saldo de empregos foi positivo em 21 das 27 unidades da federação. Em números absolutos o maior crescimento ocorreu em São Paulo (+ 38.562), com destaque para os setores de serviços (+34.024) e comércio (+24.593); Rio de Janeiro (+ 13.810), com destaque para os 12.254 postos criados na área do comércio; e Rio Grande do Sul (+ 11.865), que gerou 5.704 vagas para o comércio e 4.652 novos postos para o setor de serviços.