Com aporte de R$ 40 bilhões, quatro projetos de hidrogênio verde devem sair do papel em 2025

Pelo menos quatro projetos para produção de hidrogênio de baixa ou zero emissão de carbono (hidrogênio verde ou H2V) podem sair do papel a partir de 2025 no Brasil. O Nordeste concentra três desses futuros investimentos, que somam R$ 34 bilhões de um aporte que pode chegar a quase R$ 40 bilhões, se todas as iniciativas no país forem levadas adiante.

A multinacional australiana Fortescue e a Casa dos Ventos, junto com a TotalEnergies, devem construir sua base no Porto de Pecém (CE). Os outros dois estão previstos para serem implementados em Pernambuco e Minas Gerais. Entre projetos anunciados e em estudo, o país já possui mais de 60 iniciativas no setor de hidrogênio verde, mas ainda há pouca tração para escalar de vez. Na prática, há hoje programas de baixa escala, de acordo com a Associação Brasileira de Hidrogênio Verde (ABIHV).

Após as sanções das leis que garantiram o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono, e preveem incentivos fiscais com o intuito de fomentar os investimentos na área, segundo a presidente da ABIHV, o H2V tem potencial de impactar o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em aproximadamente R$ 7 trilhões, considerando que o Brasil atenda a 4% da fatia da demanda internacional.

Há quatro anos, o mercado praticamente não existia ou era muito pequeno, na visão do gerente nacional da Fortescue no Brasil, Luis Viga. Segundo ele, as empresas ainda estavam pensando que o hidrogênio verde era algo para o futuro e, hoje, já é possível ver mais movimentos do setor no país. Neste momento, o projeto da Fortescue no Ceará está começando a terraplenagem para logo depois iniciar as construções. O volume de produção anual de H2V da empresa, após a conclusão do projeto, será de 175 mil toneladas.

Do Valor Econômico