Com aval de Lula, Metalúrgicos do ABC vão organizar seminário e formular propostas de combate à crise e ao desemprego

Presidente da República garantiu a Sérgio Nobre, nesta quarta-feira (21), em Brasília, que o governo dará todo o apoio para o Sindicato agregar trabalhadores, empresários da indústria automotiva e os sete prefeitos em torno de um agenjda positiva à Região e que evite demissões

 

O presidente Lula comprometeu-se com Sérgio Nobre, presidente do  Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a dar todo o apoio do governo federal e de ministros como Dilma Rousseff (Casa Civil) e Guido Mantega (Fazenda), para a categoria debater e encontrar saídas à crise e evitar demissões na Região. “A iniciativa do Sindicato em busca do diálogo entre os vários atores é muito importante e tem todo o meu apoio”, disse Lula, segundo Sérgio Nobre.

O dirigente reuniu-se nesta quarta-feira (21), no Palácio do Planalto, com o presidente Lula para  sugerir a realização de um amplo seminário no ABC reunindo trabalhadores (sindicatos), empresários da indústria automotivo e cadeia e os prefeitos das sete cidades do ABC. O objetivo é formular propostas à retomada do crescimento e combate ao desemprego.

No seminário, seriam debatidas medidas e criados fóruns para encaminhar e executar as propostas tripartites. Segundo o sindicalista, é preciso um debate mais amplo sobre as medidas emergenciais e de longo prazo que devem ser adotadas para vencer a crise. “Estamos discutindo o emergencial e muito mal”, disse Nobre, ainda em Brasília

Durante a audiência, Sérgio Nobre mostrou a Lula levantamento elaborado pela Subsecção do Dieese do Sindicato sobre a rotatividade na categoria. Diante dos números, Sérgio disse ao presidente temer que as empresas usem a crise como motivo para acelerar a troca de trabalhadores e a redução de salários.

“Reduzir não é eficaz, além de ser recessivo. Em momento de crise, você tem de tomar medidas expansivas, e não recessivas. Está muito barato demitir no Brasil na minha avaliação. Por que as empresas não esperam três meses para poder avaliar qual o impacto da crise? Porque ela pode demitir agora e daqui três meses ela contrata com um salário menor”, completou

“Neste momento, nós achamos que é importante reunir os atores da região (prefeitos, empresários e principais sindicatos) para discutir os impactos da crise. O caminho na nossa visão é primeiro traçar um debate para saber de fato qual é o impacto dela (crise) que ninguém sabe ainda.

Sérgio também apresentou ao presidente Lula dados recentes sobre o desempenho (com seguidos recordes históricos de produção, vendas e faturamento) do setor automotivo e propostas para reaquecer a produção e as vendas de veículos, a fim de garantir a manutenção do nível de emprego. “Estamos vindo de cinco anos de crescimento econômico, portanto é prematuro esta discussão de redução de jornada de trabalho e salário”.

 

Nobre disse que Lula concordou com a avaliação dele de que o “barulho” da crise não bate com os números de demissões. “A economia, na verdade, sentirá maior impacto com o pessimismo”. Afirmou o dirigente.

 

Da Assessoria de Imprensa do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC