Com chinesa GWM, interior de São Paulo se consolida como polo industrial de montadoras asiáticas

Sul-coreana Hyundai e japonesas Toyota e Honda já produzem em Piracicaba, Sorocaba e Itirapina

As cidades de São Bernardo do Campo e de São Caetano do Sul não formam mais o principal polo da indústria automotiva no estado de São Paulo. Em volume, a macrorregião que engloba cidades como Sorocaba, Piracicaba e Itirapina se destaca, e com uma peculiaridade: o interior abriga as principais marcas asiáticas. A mais recente a chegar é a chinesa GWM, que inaugura sua linha de produção em Iracemápolis nesta sexta-feira (15).

A expectativa é de ganhar escala progressivamente para, até o fim desta década, montar 50 mil carros de passeio e picapes por ano. Quando a meta for atingida, a capacidade instalada na região será de aproximadamente 650 mil carros/ano, além de motores e transmissões. A conta também leva em consideração as fábricas da sul-coreana Hyundai (Piracicaba) e das japonesas Honda (Sumaré e Itirapina) e Toyota (Indaiatuba, Sorocaba e Porto Feliz).

O número é superior à soma das plantas da General Motors em São Caetano do Sul e da Volkswagen em São Bernardo do Campo —que, juntas, são capazes de montar aproximadamente 600 mil veículos por ano. Outro polo automotivo do interior está nas cidades de São José dos Campos e Taubaté, com fábricas da Volkswagen e da GM instaladas às margens da rodovia Presidente Dutra.

No passado, as cidades de diferentes regiões do interior do estado abrigavam apenas linhas de produção de componentes. A Goodyear, por exemplo, inaugurou a fábrica de pneus de Americana em 1973. Já as linhas de montagem de automóveis estavam concentradas no ABC. A exceção entre os carros foi o pequeno Romi-Isetta, produzido em Santa Bárbara d’Oeste entre 1956 e 1961.

Da Folha de São Paulo