Com Lula, Grande ABC cria seis vezes mais empregos

Geração de postos de trabalho com carteira assinada em 2010 deve superar oito anos de governo FHC

O ABCD deve bater até o final deste ano a marca de 800 mil trabalhadores com carteira assinada. Com o resultado, a Região registrará a criação de aproximadamente 245 mil empregos formais desde 2003, quando Luiz Inácio Lula da Silva chegou à Presidência da República. Se a média de postos de trabalho criados em 2010 se mantiver até dezembro, o volume de vagas geradas no ABCD será mais de seis vezes maior do que o resultado alcançado durante os oito anos da gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

De acordo com dados do Ministério do Trabalho, a criação de empregos na Região somente neste ano (35 mil) está próxima de ultrapassar o total de postos de trabalho gerados durante os oito anos de mandato de FHC (38 mil). Até agosto deste ano, o governo Lula gerou 81 empregos formais por dia no ABCD, enquanto a média diária do governo FHC foi de 13.

Para o professor de economia e secretário de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo de São Bernardo, Jefferson da Conceição, a política econômica foi decisiva para a diferença entre os resultados obtidos pelos dois governos. “O período FHC combinou o congelamento do câmbio, altas taxas de juros, redução dos investimentos públicos, rejeição às políticas industriais e baixa agressividade na política de exportação”, indica.

“Durante o governo Lula, tivemos a retomada da política industrial, a redução gradativa das taxas de juros, utilização de instrumentos de incentivos tributários e de incentivo à produção”, aponta. O secretário também destaca a adoção pelo governo federal de políticas agressivas de incentivo às exportações. “Tudo isso combinado afetou o desempenho do emprego no ABCD”, destaca.

Diferença
O primeiro mandato de FHC foi o mais problemático dos últimos 16 anos para a Região na questão do emprego. Durante o período, o ABCD amargou o fechamento de 43.827 postos de trabalho. Um dos setores mais afetados pelo corte de vagas foi o automobilístico. A crise do setor, que já havia se mostrado antes de 1994, se intensificou na Região após o ex-presidente acabar com os acordos firmados na Câmara Setorial entre 1992 e 1993.

“O governo FHC passou a incentivar a importação de veículos. O setor automobilístico foi muito afetado. Pela importância que a cadeia automobilística tem para a Região, deixaram a economia local à mercê dos produtos estrangeiros” indica a economista do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) Zeira Camargo Santana.

Do ABCD Maior (Vinícius Morende)