Com plano de luta e estratégias atualizados, CUT convoca 14º Congresso para 2023

Após um dia cheio de debates e discussões, da apreciação, atualização e aprovação das moções e das emendas do Projeto Organizativo e do Plano de Luta, na tarde do último domingo, 24, a secretária-geral e o vice-presidente da CUT, Carmen Foro e Vagner Freitas, em nome de toda direção, encerraram a 16º Plenária Nacional da CUT “Organização e Unidade para Lutar” convocando os mais de 950 delegados e delegadas para o 14º Congresso Nacional da entidade, que acontecerá em outubro de 2023.

Foto: Roberto Parizotti

Foram quatro dias de debates virtuais, com mais de 2/3 das delegadas e delegados participando ativamente, e junto com observadores e convidados, foram quase mil conexões diárias construindo coletivamente o futuro da CUT e da organização dos trabalhadores. 

O vice-presidente disse que o papel da entidade, durante a construção do 14º Congresso, será colocar o plano de lutas em ação e a agenda sindical em prática e para isso é muito importante fortalecer os sindicatos, porque não existe democracia sem sindicato.

“Bolsonaro quando foi eleito disse que ia acabar com o MST e com a CUT, mas a nossa central não só não acabou, mas como está mais forte. Ele é que está derretendo. As pesquisas mostram isso. A nossa Central segue forte, grande e vamos continuar representando a classe trabalhadora. Quem estará fora é este genocida”, afirmou Vagner Freitas.

Paulo Freire, presente!

O debate do último dia começou com homenagem ao educador Paulo Freire, ressaltando conceitos e ações do patrono da educação, que completaria 100 anos em 2021. Um vídeo com sua história foi apresentado com destaque para o verbo ‘esperançar’ e uma frase popular do educador.

“É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática”.

Luta antirracista e carta dos servidores

Revoltas Negras, exclusão racista, racismo recreativo e necropolítica foram os temas de quatro vídeos curtos para lembrar das questões centrais que fazem perdurar o longo processo de desigualdade entre brancos e negros e que resultam no genocídio de pessoas negras, no encarceramento em massa, na pobreza e na violência contra as mulheres negras.

Uma carta assinada por cinco confederações de trabalhadores dos serviços públicos, chamada de “Aliança das Três Esferas”, também foi lida durante o evento. No documento os trabalhadores afirmam: “somente juntos vamos derrotar a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 32, da reforma da Administrativa do governo Bolsonaro”, que prevê o fim do serviço e dos servidores públicos.

Com informações da CUT