Com produção limitada, Volkswagen cai no ranking de vendas

Marca foi a 5ª colocada no primeiro trimestre, com apenas 10,2% de participação

Se em 2021 a Chevrolet foi a marca mais prejudicada por longas e seguidas paralisações em sua produção, no primeiro trimestre de 2022 foi a vez da Volkswagen contabilizar os maiores recuos nas vendas dentre as marcas de maior volume no Brasil. E pelo mesmo motivo: falta de componentes, semicondutores em especial.

E as dificuldades em manter as linhas de montagem ativas podem continuar nos próximos meses. A montadora já tem protocolado no Ministério do Trabalho pedido de lay-off dos trabalhadores do segundo turno da fábrica de São José dos Pinhais, PR, base produtiva do T-Cross, atual modelo mais vendido da marca.

A suspensão temporária dos contratos na planta que congrega 2 mil trabalhadores pode ser adotada já a partir de maio e durará de dois a cinco meses, de acordo a legislação. Segunda colocada no ano passado, com 15% de participação, a montadora acumulou de janeiro a março somente 38,3 mil licenciamentos, fatia de apenas 10,2% dos segmentos de automóveis e comerciais leves no período.

A comparação com o próprio mercado, que caiu em média 23,4%, mostra que a oferta reduzida de veículos nas concessionárias atrapalhou e muito os negócios nas últimas semanas. O índice negativo da Volkswagen foi mais do que o dobro: 55,5%. Com esse desempenho, a marca aparece somente na 5ª colocação depois dos três primeiros meses do ano, atrás da líder Fiat, que alcançou 79,1 mil veículos e fatia de 21%, da própria Chevrolet, com 50,2 mil unidades e 13,3%, Toyota (40,5 mil e 10,8%) e Hyundai (40,4 mil e 10,7%).

Do AutoIndústria